O mercado do açúcar registrou quedas de mais de 2% nas bolsas de Nova York e Londres nesta terça-feira (23). A pressão veio com realização de lucros, após máximas de quase quatro anos na véspera, além de apreensões com o mix de produção.
O principal vencimento do açúcar em Nova York caiu 2,47%, cotado a US$ 17,01 c/lb, com US$ 17,52 de máxima e mínima de US$ 16,95 c/lb. Já em Londres, o tipo branco finalizou o dia com perdas de 2,05%, a US$ 478,40 a tonelada.
As cotações recuaram no dia acompanhando novidades do Brasil com movimento no comanda da Petrobras e ajustes técnicos, depois de máximas de quase quatro anos na véspera com foco na menor oferta global e temores com as exportações do adoçante.
"A expectativa do mercado era de que a oferta de hidratado iria crescer até o início dessa crise da Petrobras, agora, não se sabe se a oferta vai crescer e, se isso não ocorrer, poderá gerar maior disponibilidade de açúcar", disse Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado.
A estatal tem como novo indicado para a presidência o general Joaquim Silva e Luna, após tensões entre o governo e a antiga direção por conta da alta nos combustíveis.
No financeiro, o dia também foi de perdas em partes do dia no petróleo WTI, apesar de ainda se manter acima de US$ 60 o barril, mas com pressão ao mercado do açúcar e do etanol, já que há melhor expectativa dos fósseis. Por outro lado, o dólar fechou em queda ante o real.
Mercado interno
A recente alta dos preços do demerara na ICE Futures fez com que as exportações do açúcar cristal pelo Brasil voltassem a remunerar mais do que as vendas intensas, elevando as cotações no spot, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).
O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou com alta de 1,03%, a R$ 109,13 a saca de 50 kg na segunda-feira (22).
Fonte: Notícias Agrícolas