A semana termina com perda acumulada de mais de 2% nos futuros do açúcar na Bolsa de Nova York, após completar a terceira queda consecutiva nesta sexta-feira (19). O mercado esteve atento durante a semana no recuo do petróleo, além dos sinais de superávit global em 2021/22.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York caiu 0,82%, cotado a US$ 15,76 c/lb, com máxima no dia de 15,89 c/lb e mínima de 15,55 c/lb. O branco em Londres finalizou esta sessão com desvalorização de 0,57%, a US$ 453,40 a tonelada.
O mercado do açúcar testou mínimas de seis semanas nesta sessão em Nova York acompanhando as recentes informações sobre um possível superávit na oferta global da safra 2021/22, além de recentes preocupações com a demanda pelo adoçante.
"A preocupação é de que a propagação de uma terceira onda de Covid pela Europa levará a bloqueios mais longos, além de restrições de viagens mais rígidas que reduzem o crescimento econômico e a demanda por commodities está reduzindo os preços do açúcar", disse em nota a Barchart.
A trading inglesa Czarnikow destacou nesta semana que vê possibilidade de um superávit global de 3 milhões de toneladas de açúcar na safra 2021/22 (outubro-setembro), mas condicionada com a safra em importantes origens produtoras do mundo.
"Isso só vai se concretizar se tivermos boas safras dos quatro principais produtores: Brasil, Índia, Tailândia e UE", disse a trading.
As oscilações do petróleo durante a semana também contribuíram para as perdas do açúcar, apesar de retomada da alta nesta sexta-feira. O petróleo WTI e Brent subiam cerca de 2% impulsionados pelo sentimento de que a liquidação da véspera estava exagerada.
Mercado interno
O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou com queda de 0,56%, a R$ 107,71 a saca de 50 kg na quinta-feira (18).
Fonte: Notícias Agrícolas