Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (31) com queda expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve pressão de um movimento de realização de lucros ante a alta dos últimos dias, além do câmbio.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York registrou queda de 1,10% no dia, cotado a 25,06 cents/lb, com máxima em 25,63 cents/lb e mínima de 25,02 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato caiu 1,46% no dia, a US$ 703,10 a tonelada.
Depois de testar máximas históricas na véspera, com Londres operando em picos de 12 anos, o mercado do açúcar encerrou a sessão desta quinta-feira com perdas expressivas nas bolsas externas com peso maior de um movimento de realização de lucros.
Além disso, o mercado também foi pressionado pelas oscilações do câmbio, com valorização do dólar sobre o real. A moeda estrangeira mais valorizada ante o real tende a encorajar as exportações agrícolas, mas em compensação pesa sobre os preços.
Por outro lado, o tempo seco nas origens asiáticos, associado ao fenômeno climático El Niño, ainda dá algum suporte aos preços.
"A Índia está a caminho de ter as chuvas de monções mais baixas em oito anos e deverá proibir as usinas de exportar açúcar na próxima temporada, a partir de outubro. O tempo também tem estado seco na Tailândia, outro importante exportador", destacou a Reuters.
MERCADO INTERNO
A posição firme de usinas tem mantido os preços em reação no spot paulista, apesar de alguns repiques de baixa. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 139,79 a saca de 50 kg e desvalorização de 0,64%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 144,59 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 26,09 c/lb com desvalorização de 0,44%.
Fonte: Notícias Agrícolas