As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (22) com queda leve a moderada nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado foi impactado pelas oscilações do financeiro, com petróleo e câmbio, além de realização de lucros ante as altas recentes.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 0,95% no dia, cotado a 21,85 cents/lb, com máxima em 22,23 cents/lb e mínima de 21,75 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato do adoçante caiu 0,17%, a US$ 638,90 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do adoçante no terminal norte-americano acumulou baixa de 1,40%.
O mercado do açúcar oscilou dos dois lados da tabela nesta sexta-feira, mas acabou finalizando o dia em baixa com atenção para indicadores do financeiro, como petróleo e câmbio, além de pressão associada com um movimento de realização de lucros ante as altas recentes.
O petróleo tinha queda leve nesta tarde acompanhando tensões com o Oriente Médio. As oscilações do óleo impactam diretamente na decisão sobre o mix das usinas. Além disso, o dólar subia sobre o real, o que tende a encorajar exportações e pesa aos preços.
Na véspera, o mercado do açúcar registrou boas altas nas bolsas externas motivado por preocupações sobre a oferta do adoçante, já que as chuvas estão escassas em áreas do Centro-Sul do Brasil, além da revisão na safra 2023/24 da principal região produtora do país.
Acompanhando este cenário, a StoneX anunciou nesta quinta-feira revisões drásticas em suas estimativas, passando a ver uma moagem total de cana-de-açúcar em 602 milhões de toneladas, ante 622 milhões em janeiro. A produtividade agrícola cairá cerca de 9% devido ao clima.
A produção de açúcar na região será de 42,3 milhões de toneladas, abaixo das 43,1 milhões de toneladas projetadas em janeiro. Ou seja, não deverá mais ser recorde, apesar de as usinas seguirem a maximização de produção do adoçante neste ciclo novo ciclo produtivo.
MERCADO INTERNO
O mercado spot do açúcar voltou a registrar queda, apesar de altas recentes associadas com o aquecimento da demanda. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 144,57 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,26%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 165,98 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 24,03 c/lb com valorização de 1,27%.
Fonte: Notícias Agrícolas