Os contratos futuros do açúcar caíram no final da sessão desta quinta-feira (14) na Bolsa de Nova York, mas tiveram leve alta em Londres. A pressão vem do financeiro, com perdas do petróleo no dia e as oscilações do câmbio.
Positivamente, porém, ainda há atenção para as principais origens produtoras.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York recuou 0,89%, ficando cotado a 18,97 cents/lb, com máxima de 19,19 cents/lb e mínima de 18,82 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 0,47%, a US$ 551,10 a tonelada.
O mercado do petróleo chegou a cair mais de 2% nesta tarde de quinta-feira e pressionava o adoçante, já que impacta todos os produtos de energia. O dólar também subia levemente sobre o real e também influenciava o adoçante.
"É difícil ver o açúcar avançando muito com o índice do dólar permanecendo próximo às máximas de 20 anos", disse a Reuters. Um dólar mais valorizado sobre o real tende encorajar as exportações das commodities e pressiona os mercados.
Positivamente aos preços, continua a atenção dos operadores para a safra lenta 2022/23 do Centro-Sul do Brasil, com números abaixo das expectativas e do ciclo anterior. É importante lembrar que esta safra também teve início mais tarde.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe nesta semana que a produção de açúcar na segunda quinzena de junho totalizou 2,49 milhões de toneladas, uma queda anual de 14,98% e levemente abaixo da expectativa dos analistas.
O mercado também monitora os impactos na logística indiana, em meio às chuvas de monção que são registradas no Brasil.
"... O aperto de curto prazo no açúcar branco, ligado em parte às restrições de exportação da Índia, deve limitar as perdas em matérias-primas"
Fonte: Notícias Agrícolas