Segunda sessão consecutiva de baixa para as cotações do açúcar nas bolsas de Nova York e Londres nesta quinta-feira (18). O mercado voltou a acompanhar a queda do petróleo e perspectivas para a safra global 2021/22, apesar de sinais positivos da China.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York caiu 0,63%, cotado a US$ 15,89 c/lb, com máxima no dia de 16,10 c/lb e mínima de 15,81 c/lb. O branco em Londres finalizou esta sessão com desvalorização de 0,55%, a US$ 456,00 a tonelada.
O açúcar retomou as mínimas de uma semana nesta quinta-feira em Nova York acompanhando a queda expressiva do petróleo, mais de 5%, em um dia marcado pelo recuo generalizado das commodities. O petróleo repercute um dólar mais forte e aumento nos estoques de petróleo e combustível dos EUA.
Além disso, segue preocupação com a demanda por conta da pandemia do coronavírus.
"A retórica do 'super' ciclo do preço do petróleo está finalmente tendo um certo impacto sobre a realidade. O sentimento negativo foi desencadeado por dúvidas na Europa sobre a vacina AstraZeneca e foi ossificado pelos estoques de petróleo bruto dos EUA de quase 2,4 milhões de barris", disse Louise Dickson, analista de mercados de petróleo da Rystad Energy.
Nos fundamentos, a trading inglesa Czarnikow reforçou nesta quinta-feira (18) que vê possibilidade de um superávit global de 3 milhões de toneladas de açúcar na safra 2021/22 (outubro-setembro), mas condicionada com a safra em importantes origens.
"Isso só vai se concretizar se tivermos boas safras dos quatro principais produtores: Brasil, Índia, Tailândia e UE", disse a trading.
Como fator positivo ao mercado, o dia também foi marcado por sinais da demanda chinesa. As importações do país em fevereiro dispararam cerca de 90% no comparativo anual, para 430 mil t, e nos dois primeiros meses do ano totalizaram mais de 1 milhão de t.
Fonte: Notícias Agrícolas