Os contratos futuros do açúcar caíram mais de 3% na Bolsa de Nova York e 2% em Londres nesta sessão de quinta-feira (25). O mercado caiu para mínimas de quase dois meses acompanhando uma nova desvalorização do petróleo no cenário internacional.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York caiu no dia 3,45%, cotado a US$ 15,09 c/lb, com máxima no dia de 15,63 c/lb e mínima de 15,01 c/lb. O tipo branco em Londres finalizou a sessão com recuo de 2,47%, a US$ 439,20 a tonelada.
"A fraqueza nas cotações do petróleo bruto reduz os preços do etanol e pode encorajar as usinas de açúcar do Brasil a desviarem a moagem da cana para uma maior produção de açúcar em vez do etanol, aumentando assim a oferta", destacou a consultoria Barchart.
Por volta das 14h45 (horário de Brasília), o petróleo WTI perdia mais de 5% e o Brent recuava cerca de 4%, a US$ 58 e US$ 61 o barril, respectivamente. Já o dólar subia 0,54% sobre o real, cotado a R$ 5,6558, o que incentiva as exportações.
Além disso, segue a preocupação com a demanda pelo adoçante diante de um novo aumento de casos de coronavírus na Europa e preocupações com novos isolamentos no continente. Além disso, algumas estimativas de consultorias mostram chance de superávit global em 2021/22.
“Alemanha, Itália e outras áreas da zona do euro estão retrocedendo e a destruição da demanda é basicamente avassaladora”, disse Bob Yawger à Reuters, trader da Mizuho em Nova York.
Mercado interno
A última sessão foi marcada por ganhos no mercado doméstico do açúcar. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,39%, a R$ 108,49 a saca de 50 kg na quarta-feira (24).
Já no Norte e Nordeste do Brasil, o tipo ficou estável, a R$ 111,35 a saca, segundo dados da Datagro.
O açúcar VHP, em, Santos (SP), tinha o preço FOB cotado a US$ 17,01 c/lb, com alta de 1,24%.
Fonte: Notícias Agrícolas