As cotações do açúcar na Bolsa de Nova York encerraram a sessão desta quinta-feira (08) valorizadas, com máximas de duas semanas sendo testadas. Operadores repercutiram dados de exportação de etanol pelo Brasil no primeiro trimestre, o que poderia diminuir a oferta de açúcar.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York encerrou o dia com valorização de 0,26%, cotado a US$ 15,18 c/lb, com máxima de 15,39 c/lb e mínima de 15,13 c/lb. O tipo branco em Londres registrou salto de 0,80%, negociado a US$ 428,60 a tonelada.
Com teste de máximas de duas semanas, as cotações futuras do açúcar no dia encerraram em alta com posicionamento do mercado sobre a notícia de firme demanda externa pelo etanol do Brasil, o que poderia fazer com que a expectativas da nova safra sejam vistas.
"A demanda mais forte pode levar as usinas de açúcar do Brasil a desviarem a moagem de cana para a produção de etanol em vez da produção de açúcar, reduzindo assim o fornecimento", disse em nota a consultoria Barchart.
De acordo com a Barchart, as exportações do biocombustível pelo Brasil, de janeiro a março, aumentaram 82% no comparativo anual, para 548 milhões de litros, o maior nível em cinco anos para o período.
Além disso, o dia foi marcado por valorização do real ante o dólar, o que também contribui para a alta do adoçante, além de ajuste de posições ante as perdas registradas na véspera que acompanharam as preocupações com a demanda diante da Covid-19.
Mercado interno
Após três altas seguidas, o preço do açúcar no mercado brasileiro voltou a cair na quarta-feira. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, recuou 0,38%, a R$ 105,26 a saca de 50 kg.
Já no Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar seguiu em estabilidade, a R$ 112,10 a saca, segundo dados da Datagro.
O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha na última sessão o preço FOB cotado a US$ 16,50 c/lb, com desvalorização de 0,13% sobre o dia anterior.
Fonte: Notícias Agrícolas