As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (16) em alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres, após dois dias seguidos no vermelho. O mercado registrou ajuste de posições ante os últimos dias, além de acompanhar a oscilação do real.
O principal vencimento do açúcar na Bolsa de Nova York subiu 1,12% no dia, cotado a US$ 16,30 c/lb, com máxima testada no dia de 16,55 c/lb e mínima de 16,07 c/lb. O branco em Londres finalizou esta sessão com valorização de 0,94%, a US$ 463,40 a tonelada.
Depois de duas sessões seguidas no vermelho, quase ficando abaixo de US$ 16 c/lb em Nova York, os futuros do açúcar no terminal externo reagiram no dia com registro de ajuste de posições ante os últimos dias. Além disso, a sessão foi de valorização do real sobre o dólar.
"A valorização do real em relação ao dólar reduz o incentivo para os produtores de açúcar do Brasil impulsionar as vendas para exportação e levou à compra de açúcar", destacou em nota de mercado nesta terça-feira a consultoria Barchart.
Apesar da alta no mercado futuro do adoçante nesta terça, analistas e mesmo os fundos não estão apostando em um cenário de valorização constante no curto prazo. A retomada dos ganhos dependeria de novidades nos fundamentos e o rompimento de resistências importantes.
"Espera-se que a tendência de baixa continue, enquanto o mercado está sendo negociado abaixo do nível de resistência de US$ 16,70 c/lb, que será seguido pelo alcance dos níveis de suporte de US$ 15,95 c/lb e US$ 15 c/lb", destacou em relatório o analista internacional Anton Kolhanov, da Kolhanov.com.
Além disso, na sexta-feira (12), a Commodity Futures Trading Comission (CFTC) reportou que os grandes fundos e especuladores reduziram a aposta de alta no mercado do açúcar na Bolsa de Nova York, com queda para 212.933 contratos até 09 de março nas posições líquidas compradas (long).
Mercado interno
Os estoques de açúcar estão limitados nas usinas com o final da entressafra, segundo nota do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. "Isso tem feito com que agentes de usinas diminuam a disponibilidade no spot, no intuito de atender aos volumes já contratados".
Já do lado da demanda, compradores adquirem novos lotes apenas quando há necessidades pontuais. Com isso, O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, fechou com queda de 1,85%, a R$ 104,94 a saca de 50 kg na segunda-feira (15).
Fonte: Notícias Agrícolas