Um pouco mais de um ano após a forte queda nos preços do petróleo forçar países exportadores a implementar cortes históricos na produção, o excesso de oferta que se formou durante as restrições mais severas motivadas pela pandemia de covid-19 já está quase em patamares normais, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE).
Em relatório mensal publicado nesta quarta-feira, 12, a AIE cortou sua projeção de alta no consumo global de petróleo este ano em 270 mil barris por dia (bpd), a 5,4 milhões de bpd. Ontem, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reiterou sua projeção de aumento na demanda, em 6 milhões de bpd.
De acordo com a AIE, a demanda da Europa e das Américas pela commodity durante o primeiro trimestre foi mais fraca do que se esperava.
A AIE também revisou para baixo sua estimativa de acréscimo na oferta de países fora da Opep+ – formada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados que incluem a Rússia – neste ano em 10 mil barris por dia (bpd), a 620 mil bpd.
Em abril, a oferta global de petróleo teve expansão de 330 mil bpd, a 93,4 milhões de bpd, de acordo com a AIE.
Ainda no relatório, a AIE estima que o cumprimento do acordo de restrição da oferta pela Opep+ ficou em 114% em abril, à medida que a produção do grupo cresceu 100 mil bpd no último mês.
A agência também calcula que os estoques de petróleo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tiveram queda de 25 milhões de barris em março, para 2,95 bilhões de barris, mas permaneceram 1,7 milhão de barris acima da média dos últimos cinco anos. A redução nos estoques da OCDE foi a oitava consecutiva.
Fonte: Estadão Conteúdo