Os contratos futuros do açúcar operam entre quedas leves a moderadas nesta tarde de quarta-feira (12) nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado tem pressão com movimento de realização de lucros ante ganhos recentes, mas se mantém acima dos US$ 18 c/lb no terminal norte-americano.
Por volta das 12h09 (horário de Brasília), o principal vencimento do açúcar bruto tinha desvalorização de 0,11%, cotado a US$ 18,07 c/lb na Bolsa de Nova York. Enquanto o tipo branco em Londres registrava perdas de 0,79%, a US$ 476,70 a tonelada.
Depois de suporte com as preocupações envolvendo a safra brasileira 2021/22 de cana-de-açúcar, com máximas de mais de dois meses na Bolsa de Nova York, e conquista do patamar de US$ 18 c/lb, o mercado iniciou a sessão desta quarta com perdas em realização de lucros.
Ainda assim, segue a atenção ao Brasil e, principalmente, diante dos impactos da safra do maior produtor de cana na oferta global da commodity em um momento em que a demanda dá sinais mais claros de recuperação ainda em meio à pandemia da Covid-19.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) trouxe sua atualização quinzenal nesta quarta com queda na moagem de cana-de-açúcar no comparativo anual, além de queda na produção de açúcar e etanol. Mas, com vendas mais altas do biocombustível em abril.
Diante do cenário de perdas no Brasil, o Rabobank destacou que espera que os contratos julho e outubro sejam negociados entre 15,5-18,5 c/lb acompanhando os preços crescentes do etanol no mercado brasileiro, que tendem a fazer com que as usinas desviem a cana para o biocombustível.
"Como a maior parte do açúcar (brasileiro) já está comprometido (à venda), os preços do etanol precisarão subir mais para obter uma fatia maior da cana", disse o banco. As informações foram reportadas pela agência de notícias Reuters.
Do lado do financeiro, o mercado ignora os ganhos expressivos dos petróleos Brent e WTI. Apesar disso, o dólar registra leve valorização sobre o real, o que tende a encorajar as exportações da commodity pelo Brasil e contribui para o recuo nos preços internacionais.
Fonte: Notícias Agrícolas