Com as declarações do presidente Jair Bolsonaro de que o aumento do preço de gás pela Petrobras é “inadmissível”, a Bolsa, que operava acima dos 118 mil pontos durante o início da tarde, perdeu fôlego e encerrou o pregão desta quarta-feira (dia 7) com alta de 0,11%, a 117.623 pontos.
O dólar fechou o dia em alta de 0,78%, a R$ 5,64.
O que aconteceu com a Bolsa e o dólar? A Bolsa e o real operaram durante parte da tarde no azul, com os investidores otimistas com as perspectivas de mais demanda por commodities no mundo por causa da recuperação dos Estados Unidos e da China.
O índice brasileiro vinha registrando ganhos principalmente puxado pela melhora das ações da mineradora Vale, com alta de mais de 2% com um novo dia de alta do minério de ferro. As ações de outro peso pesado do Ibovespa, a Petrobras, também se beneficiaram da alta na cotação do petróleo.
Os investidores também acompanharam com atenção a ata do comitê do Fed (banco central americano), que afirmou que apesar do ganho de tração da economia dos EUA o suporte da política monetária é necessário até que a recuperação esteja mais assegurada.
Esse cenário mais otimista perdeu fôlego após declarações do presidente Jair Bolsonaro no final da tarde –ele afirmou que a alta de 39% no gás pela Petrobras é “inadmissível”, e que a política de preços da estatal pode mudar.
Apesar do leilão em que arrematou a disputa pelos lotes Sul e Central no leilão de aeroportos realizado hoje na B3, a CCR encerrou o dia em queda de mais de 1,82%, em um sinal de que o mercado não considerou o negócio vantajoso. A B2W, que comunicou a compra da plataforma de entrega de alimentos Shipp através de sua subsidiária, Supermercado Now, também teve um dia ruim, com perdas de quase 3%.
Maiores altas:
Braskem (+ 5,95%)
Minerva (+ 4,22%)
Hapvida (+ 3,89%)
Maiores baixas:
Cia Hering (- 3,34%)
Rumo (- 3,25%)
B2W (- 2,96%)
Fonte: Reuters/UOL