Após uma quebra de cerca de 13% na produção esperada para a safra 2021/22, atingida pela seca e, posteriormente, geadas no Centro-Sul do país, as perspectivas para a temporada que se iniciará em março do ano que vem são mais otimistas graças às chuvas registradas nos últimos.
A previsão do gerente executivo de estratégia e participações da Copersucar, Daniel Moreira do Valle, é de recuperação dos níveis de umidade do solo que traz “um pouco mais de esperança” para o setor num ano cujas perspectivas são de aumento da demanda por etanol.
“Tivemos em outubro chuvas acima da média que conseguiram recuperar a umidade do solo. Passou o mês de novembro e as expectativas de dezembro são um pouco abaixo da média, mas com a umidade recuperada traz um pouco mais de esperança para o ano que vem no sentido de recuperação do canavial”, destacou Moreira durante a terceira live do prêmio Melhores do Agro realizada nesta segunda-feira, 13, pela Revista Globo Rural.
Vencedora na categoria Bioenergia, a Copersucar encerrou 2020 com faturamento de quase R$ 39 bilhões, crescimento de 30% sobre o exercício anterior, e um lucro líquido três vezes maior, de R$ 375 milhões. “Obter resultados importantes nesse ano complicado faz ser ainda mais especial [receber o prêmio Melhores do Agro]”, comemorou o executivo. É a 15ª vez que a empresa recebe o prêmio na categoria Bioenergia.
Ainda de acordo com Moreira, a flexibilidade do setor para destinar o processamento da cana para a produção de açúcar ou de etanol foi fundamental para enfrentar as oscilações de mercado observadas no primeiro ano de pandemia no país. “Tivemos uma safra onde 45% do mix de produção do ATR [açúcar total recuperável] da cana foi convertido pra produção de açúcar e isso equilibrou o balanço”, observou o executivo ao lembrar que as perspectivas para aquele ano eram de uma safra mais etanoleira.
Fonte: Globo Rural