Ainda que a maior parte do açúcar brasileiro exportado seja despachada via porão de navio, uma parcela é enviada por contêineres, transação de maior valor agregado, com o produto parcial ou totalmente refinado. A agência marítima Williams Brazil faz a divisão das duas modalidades de envio na sua divulgação mensal de dados.
A quantidade enviada via contêiner em 2020 foi de 2,73 milhões de toneladas, montante 65,49% acima das 1,65 milhão de 2019, quando foi registrado o menor volume exportado pela modalidade desde o início da série histórica, em 2012.
Já 2020 registrou a terceira maior quantia considerando o mesmo período, perdendo apenas para as 2,98 milhões de toneladas de 2017 e as 2,86 milhões de 2016.
As 2,73 milhões de toneladas corresponderam a 9,07% do total de açúcar enviado para fora do Brasil em 2020, conforme os dados da Williams Brazil; esta fatia variou entre 8,59% e 10,39% no período observado.
Analisando os envios mensais, junho foi o recordista na exportação de açúcar via contêineres, atingindo 331,05 mil toneladas, seguido de agosto, com 321,88 mil. Já o trimestre com recorde de despachos foi entre julho e setembro, com 871,19 mil toneladas; este período corresponde ao segundo trimestre da safra de cana-de-açúcar brasileira, justamente quando a produção usualmente está a todo vapor.
Esta coincidência sazonal, porém, não é regra, já que as exportações dependem de diversos elementos mercadológicos. Em 2019, o último trimestre do ano foi o que concentrou a maior parte dos envios, enquanto, em 2018, foi o primeiro.
Fonte: NovaCana