O Bitcoin (BTC) registra leve queda na manhã desta sexta-feira (22), correlacionado com as bolsas americanas, antes da divulgação do deflator do consumo de novembro (PCE, em inglês) dos Estados Unidos.
O dado é um dos indicadores mais importantes para as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central do país). Um PCE elevado poderia desafiar o posicionamento agressivo do mercado.
De acordo com a ferramenta CME FedWatch Tool, 75% dos traders apostam em cortes de juros em março de 2024. Quedas nas taxas costumam aumentar a atratividade de ativos de risco, como as criptos.
Às 7h55, o BTC é negociado a US$ 43.734, com leve queda de 0,10%. Em Wall Street, Dow Jones Futuro (EUA) recua 0,34%, S&P 500 Futuro (EUA) cai 0,17% e Nasdaq Futuro (EUA) recua 0,29%.
Apesar do leve recuo, durante parte da madrugada o Bitcoin ficou acima dos US$ 44 mil.
“O BTC novamente testou os R$ 44 mil. A probabilidade maior é que ali se crie uma zona de consolidação, mas caso vejamos um aumento expressivo da demanda capaz de liquidar os mais de US$ 140 milhões em contratos abertos naquela região, podemos ter um impulso para acabar o ano próximo de US$ 50 mil”, disse Fernando Pereira, analista da corretora cripto Bitget.
As altcoins (termos usado para identificar qualquer cripto diferente do BTC) operam mistas. Ethereum (ETH) avança 3,7% e Cardano (ADA) sobe 1,80%, enquanto BNB Chain (BNB) cai 0,30%
Entre as criptos menos, o destaque do dia foi o Optimism (OP), criptomoeda de uma blockchain de segunda camada do Ethereum. Nas últimas 24 horas, o ativo digital subiu pouco mais de 24%.
Os investidores de moedas digitais continuam acompanhando o avanço do ETF (fundo de índice) spot de Bitcoin nos EUA. Nesta semana, a BlackRock, a Nasdaq e membros da Comissão de Valores Mobiliários do país, a SEC, se reuniram para conversar sobre o produto.
A aprovação de um ETF, aguardada há bastante tempo pelos players do setor, pode atrair bilhões em capital institucional e de varejo. Analistas acreditam que um primeiro lote pode ser aprovado em janeiro.
Fonte: InfoMoney