O Bitcoin (BTC) é trocado de mãos com leve recuo na manhã desta quarta-feira (20), devolvendo parte dos ganhos de ontem puxados pelo avanço de um ETF (fundo de índice) cripto da gestora BlackRock.
Por volta das 8h, o ativo digital é negociado com queda de 0,9%, a US$ 42.775, nas exchanges de criptomoedas. Apesar da desvalorização, no acumulado de sete dias a moeda entrega ganhos de 3,80%.
“O BTC está se consolidando dentro de um retângulo (padrão gráfico), marcado pelas zonas de US$ 40 mil a US$ 44 mil. Devido à queda de volume que costumamos ter nesse final de ano, acho difícil sairmos dessa região. Provavelmente começaremos 2024 entre esses preços”, disse Fernando Pereira, analista da corretora cripto Bitget.
A moeda digital acompanha os índices futuros de Nova York, que operam em baixa hoje. Dow Jones Futuro cai 0,02%, S&P 500 Futuro recua 0,09% e Nasdaq Futuro registra queda de 0,21%.
As demais criptomoedas operam mistas nesta manhã.
O Ethereum (ETH) desvaloriza 1,4%, para US$ 2.213, e a Cardano (ADA) recua 1,9%, para US$ 0,59. Na contramão, a Solana (SOL) sobe 5%, para US$ 78, e o BNB Chain (BNB) avança 2,2%, para US$ 255, apesar das penalidades contra a exchange Binance, sua emissora.
Ontem, um tribunal dos Estados Unidos decidiu que a corretora cripto e seu ex-presidente-executivo, Changpeng Zhao, devem pagar uma multa bilionária para a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC, na sigla em inglês), dentro de um processo iniciado no ano passado pela entidade.
A empresa arcará com US$ 2,7 bilhões e Zhao com outros US$ 150 milhões.
No mês passado, o empresário da indústria cripto deixou o cargo e se declarou culpado de violar leis de combate à lavagem de dinheiro dos EUA como parte de um acordo que resolveu uma investigação de anos sobre as operações da Binance.
ETF e dados macroeconômicos
O avanço dos ETFs spot da criptomoeda nos Estados Unidos continua no radar do mercado. No início desta semana, a gigante BlackRock revisou seu pedido para se adequar às exigências da Comissão de Valores Mobiliários do país, a SEC, o que fez o preço do Bitcoin disparar.
No cenário macroeconômico, os investidores aguardam a divulgação do Núcleo da inflação do consumo (PCE) dos EUA, indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).
Fonte: InfoMoney