O Bitcoin (BTC) recuou forte e atingiu o nível mais baixo em um mês à medida que o entusiasmo com os novos ETFs (fundos de índice) à vista da criptomoeda dos Estados Unidos se dissipava.
O maior ativo digital do mercado flertou com uma queda abaixo de US$ 40 mil antes de se recuperar e ser negociado a US$ 41.376 por volta das 8h desta sexta-feira (19), com recuo de -3,00% no dia.
“Esse tipo de correção após um aumento significativo é normal para o Bitcoin”, disse Greg Moritz, cofundador do fundo de hedge de criptos AltTab Capital, para a Bloomberg.
O Bitcoin subiu cerca de 160% no ano passado em meio ao otimismo com os primeiros ETFs spot da cripto nos EUA, lançados na semana passada, e chegou a bater em US$ 49 mil, sua máxima de dois anos.
Na sequência, no entanto, a criptomoeda despencou, adotando um comportamento “buy the rumor, sell the news” (compra no rumor, venda no fato), previsto por alguns traders. Nesse tipo de evento, o preço de um ativo sobe antes de algum anúncio importante, para na sequência cair.
O volume de negociações dos 11 ETFs spot de BTC liberados na semana passada foi de US$ 13,7 bilhões até ontem, segundo dados da Bloomberg Intelligence.
Fernando Pereira, analista da corretora cripto Bitget, disse que o BTC está testando o suporte de US$ 40 mil. Essa região, falou, deve ter bastante volume de negociação, vindo especialmente dos traders de curto prazo, que devem abrir posições compradas visando uma leve alta.
“Acredito que passaremos o fim de semana acima desse patamar, mas que trabalharemos abaixo dela na semana seguinte”, falou.
Apesar da desvalorização no curto prazo, as previsões para o futuro da criptomoeda são positivas. No evento Onde Investir 2024, promovido pelo InfoMoney nesta semana, a “guru da inovação” Cathie Wood reforçou sua posição de que a cripto deve chegar a US$ 1 milhão até 2030.
Altcoins
As principais criptomoedas do mercado também operam no campo negativo nesta manhã, com exceção da BNB Chain (BNB), que valoriza +0,70% nas últimas 24 horas.
O token, nativo da exchange Binance, é negociado com alta desde a quinta-feira (18). Parte do avanço é atribuído à “queima” de mais de 2 milhões de unidades do ativo digital realizada ontem.
A queima, também chamada de “burning”, é o termo usado no mercado cripto para descrever a retirada de uma certa quantidade de criptomoedas de circulação, diminuindo a oferta. A Binance realiza o procedimento todo trimestre.
Fonte: InfoMoney