O Bitcoin (BTC) opera com leve alta na manhã desta sexta-feira (24), acompanhando os índices futuros dos Estados Unidos, que sobem com os investidores atentos aos dados da atividade econômica do país.
Por volta das 8h, a maior criptomoeda do mercado é negociada a US$ 37.661, com valorização de 0,20% no dia. Na semana, o BTC acumula ganhos de 3,60%. No mês, a alta fica na casa dos 10%.
A criptomoeda se recuperou das perdas registradas no início da semana em meio ao acordo bilionário formalizado entre a Binance e o governo dos EUA para arquivar uma investigação contra a empresa.
A Binance admitiu múltiplas violações da legislação americana de combate à lavagem de dinheiro e pagará uma multa de US$ 4,36 bilhões para encerar o caso. O fundador da corretora, Changpeng Zhao, renunciou ao cargo.
Com a notícia sobre a maior corretora do mercado perdendo peso, o provedor de serviços cripto Matrixport acredita que a criptomoeda pode bater nos US$ 40 mil até o final deste ano.
“Surgiu reação robusta contra a tendência, e prevemos uma alta chance de o Bitcoin ultrapassar US$ 38 mil até o final deste mês com uma probabilidade de 80%, seguido por uma alta acima de US$ 40 mil em dezembro com uma probabilidade de 90%.”
Altcoins
As altcoins operam mistas nesta manhã. O Ethereum (ETH), segundo maior token do mercado, sobe 1,6%, para US$ 2.112. A criptomoeda caminha para fechar a semana com alta de 7%. No mês, o ETH valorizou 15%.
A rede do projeto ficou movimentada nesta semana por causa da Blast, uma blockchain de camada 2 que atraiu US$ 225 milhões em criptos desde a segunda-feira (20). A plataforma oferecerá staking.
O BNB Chain (BNB), token nativo da Binance, sobe 0,4% hoje, para US$ 236, sustentando o preço alcançado ontem. No início de semana, em meio à crise na exchange, o ativo digital chegou a cair 10% em um dia.
Regulação
Os analistas do setor estão de olho nas ações regulatórias nos Estados Unidos. Além do caso Binance, recentemente a Comissão de Valores Mobiliários do país, a SEC, acusou a exchange Kraken de violar a legislação de valores mobiliários do país.
“Em meio a desafios judiciais e incertezas sobre o status das criptomoedas, juntamente com a resistência das principais bolsas por regulamentações mais claras, a abordagem atual da SEC levou à cautela do investidor”, disse Victor Caribé, diretor de Web3 e inteligência artificial da QINV.
“Esse clima de investimento cauteloso pode abrandar o crescimento do setor, com as empresas a concentrarem-se mais na conformidade legal do que na inovação. Além disso, a ambiguidade e a aplicação seletiva podem encorajar as empresas de criptomoedas a se deslocar para locais mais favoráveis à regulamentação”.
Fonte: InfoMoney