O Bitcoin (BTC) virou para alta na tarde desta quarta-feira (20) e voltou a ser negociado acima dos US$ 44 mil pela primeira vez em mais de uma semana.
A valorização ocorre em meio a notícias de que a gestora BlackRock e a Nasdaq se reuniram na terça-feira (20) com membros da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC, para discutir o ETF (fundo de índice) à vista de criptomoeda da empresa.
A gigante dos investimentos entrou com o pedido do produto em junho e fez algumas alterações ao longo dos meses seguintes. Na segunda-feira (18), a empresa revisou mais uma vez a solicitação para se adequar às exigências do regulador, o que fez o preço do Bitcoin disparar no dia.
Além da BlackRock, outras gestoras também tentam colocar produtos semelhantes no mercado. Há mais de uma dezenas de pedidos para análise na mesa da SEC. De acordo com analistas do setor, um primeiro lote pode ser aprovado no início de 2024.
“O BTC está se consolidando dentro de um retângulo (padrão gráfico), marcado pelas zonas de US$ 40 mil a US$ 44 mil. Devido à queda de volume que costumamos ter nesse final de ano, acho difícil sairmos dessa região. Provavelmente começaremos 2024 entre esses preços”, disse Fernando Pereira, analista da corretora cripto Bitget.
As demais criptomoedas também operam em alta nesta tarde, se recuperando das perdas registradas hoje pela manhã.
O Ethereum (ETH) avança 2,5%, a Cardano (ADA) sobe 5% e a Solana (SOL) salta 13%. O BNB Chain (BNB) também valoriza, apesar das penalidades contra a exchange Binance, sua emissora.
Ontem, um tribunal dos Estados Unidos decidiu que a corretora cripto e seu ex-presidente-executivo, Changpeng Zhao, devem pagar uma multa bilionária para a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos EUA (CFTC, na sigla em inglês), dentro de um processo iniciado no ano passado pela entidade.
A empresa arcará com US$ 2,7 bilhões e Zhao com outros US$ 150 milhões.
No mês passado, o empresário da indústria cripto deixou o cargo e se declarou culpado de violar leis de combate à lavagem de dinheiro dos EUA como parte de um acordo que resolveu uma investigação de anos sobre as operações da Binance.
No cenário macroeconômico, os investidores também estão de olho nesta semana na divulgação do Núcleo da inflação do consumo (PCE) dos EUA, indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).
Fonte: InfoMoney