O Bitcoin (BTC) e as principais criptomoedas operam no campo negativo na manhã desta quarta-feira (31) antes da divulgação da nova taxa básica de juros dos Estados Unidos.
De acordo com a ferramenta CME FedWatch Tool, 97,9% dos agentes do mercado esperam que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) mantenha a faixa atual de 5,25% a 5,50% ao ano.
“Existe de fato o olhar para que o Fed mantenha essa política monetária restritiva até o começo do 2º trimestre deste ano”, disse Rodney Ribeiro, economista e assessor de investimentos da WIT Invest.
Criptoativos e demais ativos de risco costumam reagir bem a manutenções e quedas de juros porque o apetite por risco aumenta, atraindo mais interessados em produtos financeiros de renda variável.
Por volta das 8h, o Bitcoin é negociado em baixa de -2,40%, a US$ 42.470. Apesar do recuo, no acumulado da semana o ativo digital entrega ganhos de +6,60%.
Ethereum (ETH), BNB Chain (BNB), XRP (XRP) e principais criptos também caem. Entre os tokens menores, a Manta Network (MANTA) registra a maior queda, de -10,30%.
Apesar da queda de hoje, “o ambiente dos ativos de risco continua favorável e, com cortes nas taxas de juro no horizonte, esperamos que os preços de todos os ativos sejam mais elevados em 2024″, disse a casa de análise 10x Research em nota.
Em Wall Street, os índices futuros dos EUA operam sem direção única. Dow Jones Futuro (EUA) sobe +0,18%, enquanto S&P 500 Futuro (EUA) encolhe -0,27% e Nasdaq Futuro (EUA) registra queda de -0,76%.
ETFs
No mercado cripto, os investidores continuam acompanhando a movimentação nos EUA. O volume de saídas do GBTC, um trust de Bitcoin que só permitiu saques quando virou ETF neste mês, foi apontado como uma das causas da queda recente da criptomoeda.
Ontem, segundo dados da Bloomberg, cerca de US$ 221 milhões foram resgatados do produto financeiro, ante US$ 192 no dia anteriores. Desde o dia 11 de janeiro, quando o primeiro lote de ETFs foi liberado pelo regulador norte-americano, pouco mais mais de US$ 5 bilhões foram sacados do GBTC.
Fonte: InfoMoney