Bolsas caem com rali em Wall Street perdendo força; ata do Copom, falas de Haddad e Campos Neto e mais destaques

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Bolsas caem com rali em Wall Street perdendo força; ata do Copom, falas de Haddad e Campos Neto e mais destaques

07/11/2023

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Os mercados mundiais amanhecem em baixa nesta terça-feira (07), à medida que o entusiasmo dos investidores com a visão de que os juros globais atingiram seu pico diminuiu. Já a China reportou uma queda pior do que o esperado nas exportações em outubro, enquanto as importações aumentaram surpreendentemente em comparação com o ano anterior.

 

Os mercados globais estarão de olho no presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que falará na quarta-feira (8), em busca de mais clareza sobre as intenções do Fed. Hoje, cinco membros do banco central dos EUA estão previstos para falar e podem influenciar os mercados.

 

Na semana passada, o Fed manteve as taxas pela segunda reunião consecutiva.

 

No Brasil, o Banco Central (BC) vai divulgar hoje (7), às 8h, a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, para 12,25% ao ano. A ata é considerada importante para compreensão dos rumos que serão tomados pelo Copom na política monetária, bem como antecipar próximos passos.

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ministrará palestra às 8h30, enquanto Fernando Haddad, ministro da Fazenda, discursa às 11h20.

 

A temporada de balanços segue a todo vapor, com a divulgação de resultados de Arezzo, Cury, Direcional, Eletrobras, Eternit, Iguatemi, Totvs e Valid, enquanto o mercado repercute os números de Itaú, Gerdau, Vibra, entre outras que divulgaram seus resultados na véspera.

 

Na seara política, a Câmara vota à tarde o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 e a CCJ do Senado, parecer da reforma tributária.

 

 

1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA recuam nesta manhã de terça-feira após o ímpeto registrado no fim da semana passada.

 

As ações obtiveram um ganho durante as negociações regulares de segunda-feira, com o Nasdaq Composite conquistando sua sétima sessão positiva consecutiva pela primeira vez desde janeiro. Tanto o S&P 500 e o Dow Jones foram mais elevados pela sexta sessão consecutiva, uma ocorrência não observada desde junho e julho, respectivamente.

 

No que diz respeito a dados econômicos, dados sobre a balança comercial americana é esperado na manhã de hoje.

 

A temporada de balanços segue firme com resultados trimestrais da Disney e Wynn Resorts, que saem esta semana.

 

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro (EUA), -0,19%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,18%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,11%

 

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com perdas generalizadas, com destaque para queda das ações da Coreia do Sul após forte alta da véspera.

 

A baixa das bolsas asiáticas foi impulsionadas por dados da balança comercial da China, bem como um aumento das taxas pelo Banco Central da Austrália.

 

Pequim reportou uma queda pior do que o esperado nas exportações em outubro, enquanto as importações aumentaram surpreendentemente em comparação com o ano anterior.

 

A agência alfandegária da China disse que as exportações em dólares americanos caíram 6,4% em outubro em relação ao ano anterior. Isso é pior do que a queda de 3,3% prevista por uma pesquisa da Reuters.

 

As importações aumentaram 3% em dólares americanos em outubro em relação ao ano anterior. Isso contrasta com a previsão da Reuters de uma queda de 4,8% em relação ao ano anterior.

 

O BC da Austrália aumentou a sua taxa de juros em 25 pontos base, para 4,35%, em linha com as expectativas da Reuters.
Shanghai SE (China), -0,04%
Nikkei (Japão), -1,34%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,65%
Kospi (Coreia do Sul), -2,33% 
ASX 200 (Austrália), -0,29%

 

Europa

Os mercados europeus operam majoritariamente em baixa, à medida que o impulso positivo estagnou na região. O Stoxx 600 caiu 0,24% na abertura, com a maioria dos setores em queda. O setor de petróleo e gás caiu 1,2% depois que a gigante saudita Aramco relatou uma queda acentuada nos lucros, enquanto os serviços financeiros ganharam 0,56%.

 

O índice preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) atingiu 0,5% no mês de setembro. O consenso LSEG apontava para alta mensal de 0,5% e queda anual de 12,5%.

 

As ações da Watches of Switzerland lideraram os ganhos iniciais, com alta de 13%, depois que a empresa relatou receitas mais altas e disse que esperava mais que dobrar os lucros até o ano fiscal de 2028.

 

Já o Banco suíço UBS subiu 3,15% após os primeiros resultados trimestrais completos desde a aquisição completa do Credit Suisse.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,02%
DAX (Alemanha), -0,10%
CAC 40 (França), -0,19%
FTSE MIB (Itália), +0,17% 
STOXX 600, +0,02%

 

Commodities

Os preços do petróleo operam com baixa, com dados econômicos mistos da China compensando o impacto da extensão dos cortes de produção da Arábia Saudita e da Rússia.

 

As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa após dados da balança comercial chinesa.

 

As importações de minério de ferro da China em outubro caíram 1,8% em relação a setembro, mostraram dados alfandegários nesta terça-feira, caindo pelo segundo mês consecutivo, à medida que o estreitamento das margens de aço, os cortes mais amplos de produção entre as siderúrgicas e os preços elevados reduziram o apetite dos compradores.

 

A queda ocorreu no momento em que menos de um quinto das siderúrgicas chinesas pesquisadas disseram que estavam operando com lucro no final de outubro, abaixo dos cerca de um terço no final de setembro, mostraram dados da consultoria Mysteel.

 

A taxa de utilização da capacidade entre as usinas de alto-forno pesquisadas também caiu para 90,73% em 27 de outubro, abaixo dos 93,08% em 29 de setembro, segundo dados da Mysteel.

Petróleo WTI, -1,98%, a US$ 79,22 o barril
Petróleo Brent, -1,91%, a US$ 83,55 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 0,48%, a 923,50 iuanes, o equivalente a US$ 126,78 

 

Bitcoin

Bitcoin, -0,28% a US$ 34.882,20 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

 

 

2. Agenda

A agenda desta terça-feira traz a Ata do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), que deve detalhar os aspectos envolvidos na tomada da decisão que cortou 50 pontos base da taxa Selic, atualmente em 12,25%. A ata é considerada importante para compreensão dos rumos que serão tomados pelo Copom na política monetária, bem como antecipar próximos passos.

 

Além disso, nos Estados Unidos, saem dados da balança comercial de setembro, com projeção LSEG de déficit de US$ 59,9 bilhões.

 

Brasil

8h: Antecedente de emprego de outubro

8h: Ata do Copom

8h30: Roberto Campos Neto, presidente do BC, concede palestra no Fórum de Estratégias de Investimentos, promovido pelo Bradesco Asset Management

10h: Fernando Haddad, ministro da Fazenda, participa da abertura do Brasil Investment Forum (BIF 2023) com a participação do Presidente da República

10h30: Juros/spread de setembro

11h20: Haddad participa do Keynote Speaker no Brasil Investment Forum (BIF 2023)

 

EUA

10h30: Balança comercial

Falas de membros do Federal Reserve: 11h15 — EUA: Michael Barr; 11h50 — Jeffrey Schmid; 12h00 — Christopher Waller; 14h – John Williams; 15h25 – Lorie Logan.

 

 

3. Noticiário econômico
Comissão do Senado pode votar reforma tributária nesta terça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordenou uma reunião com líderes partidários da base do governo no Senado, na noite da última segunda. O objetivo foi traçar estratégias finais para a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma tributária, a PEC 45/2019.

 

O texto está pautado para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa nesta terça-feira e também no plenário, no dia seguinte.

 

 

4. Noticiário político
Meta fiscal de 2024 está em discussão e não foi definida, diz Alckmin

A meta fiscal para o próximo ano ainda está em discussão, disse na segunda o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Fixada em zero pelo novo arcabouço fiscal, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos, a meta de resultado primário pode ser mudada após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que ela dificilmente será cumprida.

 

Segundo Alckmin, o governo ainda não tem um prazo para definir o tema. “Se vai fazer ano que vem, se vai demorar mais seis meses, se é 0% [do PIB], é 0,5% [do PIB], ainda é uma questão a ser discutida, mas o esforço todo será na linha de zerar o déficit fiscal e depois ter superávits fiscais sucessivos”, afirmou o vice-presidente.

 

 

5. Radar Corporativo
Itaú Unibanco (ITUB4)

O Itaú Unibanco (ITUB4) reportou lucro recorrente gerencial de R$ 9,04 bilhões referente ao terceiro trimestre de 2023. A cifra é 11,9% maior que a registrada um ano antes. Na comparação com o segundo trimestre, o crescimento foi de 3,4%.

 

O resultado ficou um pouco acima do esperado. O consenso LSEG previa lucro líquido de R$ 8,95 bilhões no período.

 

O lucro líquido consolidado da instituição financeira foi de R$ 7,539 bilhões.

 

Gerdau (GGBR4)

A Gerdau (GGBR4) reportou lucro liquido ajustado de R$ 1,592 bilhão no terceiro trimestre deste ano, cifra 47% inferior à registrada um ano antes, de R$ 3,022 bilhões. O resultado veio acima do projetado pela média de analistas consultados pela LSEG, de lucro de R$ 1,44 bilhão.

 

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou R$ 3,349 bilhões, queda de 37,6%. A margem Ebitda ajustada totalizou 19,6%, retração de 5,8 pontos porcentuais na comparação anual.

 

Vibra (VBBR3)

A Vibra (VBBR3) registrou um lucro líquido de R$ 1,255 bilhão em seu balanço referente ao terceiro trimestre de 2023, revertendo prejuízo líquido de R$ 61 milhões do mesmo período do ano anterior. O consenso LSEG previa lucro líquido de R$ 881,1 milhões no período.

No que diz respeito à receita líquida ajustada, a empresa alcançou R$ 43,243 bilhões entre julho e setembro, representando uma queda de 15,3% em relação ao mesmo período de 2022.

 

TIM (TIMS3)

A TIM (TIMS3) registrou aumento de 53% no lucro líquido no terceiro trimestre de 2023 em relação a igual período do ano passado, saindo de R$ 473 milhões para R$ 724 milhões. O consenso LSEG apontava para lucro líquido de R$ 564,7 milhões no período.

 

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) normalizado foi de R$ 3,011 bilhões, alta anual de 11,6% e acima dos R$ 2,94 bilhões previstos pelo consenso LSEG. Isso levou a uma elevação da margem Ebitda normalizada de 1,7 p.p. (ponto percentual), para 49,7%.

 

 

Fonte: InfoMoney

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