As bolsas europeias fecharam esta segunda-feira (9) em mais uma queda, fazendo com que índices cheguem a patamares não atingidos desde março de 2022. Investidores seguem receosos com a possibilidade de uma desaceleração econômica por parte da China e com a perspectiva de um aperto monetário frente à inflação em escala global.
O índice pan-europeu Stoxx 600 perdeu 2,90%, a 417,46 pontos.
Nos destaques setoriais, as quedas mais acentuadas se concentraram em ações ligadas a viagens e lazer, perdendo 6,03%, e no ramo de tecnologia, que caiu 5%.
O setor de cuidados pessoais, farmácias e mercearias conseguiu alta de 0,29%.
China e juros no radar
A divulgação de dados sobre a economia chinesa colocou investidores em alerta, com exportações atingindo menor avanço em dois anos — um avanço de 3,9%, contra os 14,7% vistos em março.
Apesar de balança comercial acima do esperado, de US$ 51 bi, a desaceleração das exportações confirma impactos de medidas restritivas impostas por uma política de “Covid zero” no país. A expectativa é a de que um choque de oferta por parte chinesa poderia levar o Federal Reserve, que anunciou na semana passada aumento de 0,5% na taxa de juros norte-americana, a uma postura mais austera.
O Banco Central Europeu também sinalizou que juros do bloco podem ser reforçados mais três vezes ao longo do ano para combater a inflação.
Fonte: Money Times