Os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta nesta quinta-feira (21), ampliando os ganhos da véspera, quando o Federal Reserve (Fed) optou por manter a taxa de juros inalterada e reiterou a sinalização de três cortes de juros ainda neste ano, consolidando apostas de que o corte inicial virá em junho. O anúncio do Fed, que foi considerado mais “dovish” (brando) do que o esperado, levou Wall Street a novas máximas históricas de fechamento ontem.
No Brasil, depois de uma queda acumulada de 3 pontos porcentuais da taxa Selic desde agosto, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) resolveu alterar a sinalização para os próximos passos de afrouxamento monetário. No comunicado de da última quarta-feira (20), o BC passou a se comprometer com apenas mais um corte da Selic de 0,50 ponto porcentual. Em indicadores, investidores aguardam pela arrecadação federal de fevereiro e dados do fluxo cambial semanal.
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os mercados americanos seguem em alta com as sinalizações do Fed. Já nesta quinta, na frente de dados, os investidores estarão atentos aos dados sobre os pedidos de subsídio de desemprego e às condições existentes de vendas de casas, que serão divulgados nesta manhã de quinta-feira. Eles também aguardam os resultados da rede de restaurantes Darden antes da abertura, seguido pela FedEx e Nike depois do fechamento do mercado. O vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, também participa de evento hoje.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
Dow Jones Futuro: +0,26%
S&P 500 Futuro: +0,37%
Nasdaq Futuro: +0,69%
Ásia
As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reafirmar projeção de que cortará juros três vezes este ano e, ao mesmo tempo, deixar suas taxas inalteradas. Na volta de um feriado no Japão, o índice Nikkei subiu 2,03% em Tóquio, à nova máxima histórica de 40.815,66 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi saltou 2,41% em Seul, a 2.754,86 pontos, o Hang Seng avançou 1,93% em Hong Kong, a 16.863,10 pontos, e o Taiex registrou ganho de 2,10% em Taiwan, a 20.199,09 pontos.
Shanghai SE (China), -0,08%
Nikkei (Japão): +2,03%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,93%
Kospi (Coreia do Sul): +2,41%
ASX 200 (Austrália): +1,12%
Europa
Os mercados europeus também operam em alta, com os investidores da região atentos às últimas decisões de política monetária do Banco da Inglaterra, do Norges Bank e do Swiss National Bank. O Banco Nacional Suíço surpreendeu o mercado com a decisão de reduzir a sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 1,5%, dizendo que a inflação nacional deverá permanecer abaixo de 2% num futuro próximo.
Espera-se que o Banco de Inglaterra mantenha as taxas de juro inalteradas em 5,25% quando se reunir no final da sessão, mas economistas estarão à procura de sinais sobre quando poderá ocorrer o primeiro corte nas taxas.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,90%
DAX (Alemanha): +0,49%
CAC 40 (França): +0,11%
FTSE MIB (Itália): +0,28%
STOXX 600: +0,59%
Commodities
Os preços do petróleo operam com leve baixa, após sinais de que o Fed poderá manter as taxas mais altas durante mais tempo, prejudicando as perspetivas para a procura futura de combustível.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, impulsionados pelas expectativas renovadas de maior flexibilização da política monetária chinesa e melhores margens do aço.
Petróleo WTI, -0,25%, a US$ 81,07 o barril
Petróleo Brent, -0,20%, a US$ 85,78 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 2,72%, a 849,50 iuanes, o equivalente a US$ 118,00
Bitcoin
Bitcoin, +1,81% a US$ 66.839,65 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A agenda de hoje tem como destaque a arrecadação federal de fevereiro no Brasil e dados de atividade econômica nos Estados Unidos.
Brasil
10h: Presidente Lula participa da Cerimônia de Lançamento do Plano Juventude Negra Viva
10h30: Arrecadação federal de fevereiro
14h30: Fluxo cambial semanal
EUA
9h30: Pedidos de seguro-desemprego semanal; consenso LSEG prevê 215 mil solicitações
10h45: PMI de serviços e da indústria
11h45: Vendas de casas usadas de fevereiro
3. Noticiário econômico
Copom corta Selic em 0,50 p.p. para 10,75% e sinaliza apenas mais um corte da mesma magnitude
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu novamente na quarta-feira (20) cortar em 0,50 ponto percentual a Selic, a taxa de juros básica da economia. A taxa passou de 11,25% para 10,75% ao ano. No comunicado, o BC passou a se comprometer com apenas mais um corte da Selic de 0,50 ponto porcentual, ritmo que vinha repetindo desde que iniciou a flexibilização.
Campos Neto puxa o freio da economia com queda do juro a conta-gota, diz Gleisi Hoffmann
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), voltou a criticar o comando do BC, após a decisão do Copom, que não se comprometeu com corte de meio ponto da Selic em junho. “Mais uma vez, o BC de Campos Neto puxa o freio da economia, com sua política de reduzir os juros a conta-gotas. O País precisa de mais celeridade do BC para crescer”, escreveu Gleisi no X, antigo Twitter. No começo do mês, ela disse que Campos Neto deveria ficar “tranquilo” e “quieto”, por estar em fim de mandato.
4. Noticiário político
Câmara dos Deputados aprova texto-base do novo ensino médio
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (20) o texto-base do projeto de lei que redefine a Política Nacional do Ensino Médio no Brasil. A proposta aprovada estabelece uma carga horária de 2,4 mil horas para a formação geral básica (somados os três anos) e 1.800 para a formação técnica, de forma escalonada. A proposta ainda deverá ser analisada pelo Senado.
5. Radar Corporativo
Cogna (COGN3)
A Cogna (COGN3), grupo de educação dono da Somos (Vasta), Saber e Kroton, apresentou seu balanço do quarto trimestre de 2023 (4T23) com prejuízo líquido ajustado de R$ 373 milhões, revertendo lucro ajustado de R$ 76,15 milhões do mesmo período do ano anterior, informou a companhia nesta quarta-feira (20).
Allos (ALOS3)
A Allos (ALOS3) registrou aumento de 30,5% no lucro líquido no quarto trimestre de 2023 em relação a igual período de 2022, saindo de R$ 180,3 milhões para R$ 235,3 milhões.
Fonte: InfoMoney