Os índices futuros dos Estados Unidos operam com baixa nesta terça-feira (12), após resultados decepcionantes da empresa de software Oracle e às vésperas da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Enquanto isso, os preços do petróleo têm nova alta, com o Brent superando os US$ 91, antes da divulgação do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
investidores se posicionam hoje ainda à espera de um dos dados mais aguardados dos EUA, que é o da evolução de preços ao consumidor, o CPI, que sai nesta quarta-feira (13). Com a proximidade do novo encontro do Federal Reserve (Fed), o número torna-se ainda mais relevante, pois poderá ser definidor para a decisão da nova taxa de juros dos EUA.
Na Europa, as bolsas operam com sinais mistos e investidores aguardam a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), que será divulgada nesta quinta-feira. Já os mercados asiáticos fecharam mistos em sua maioria, com destaque para alta do Nikkei e do S&P ASX 200.
A Índia divulgará seus números de inflação e produção industrial para agosto hoje. E, na sexta-feira, a China anunciará seus dados fabris, de vendas no varejo e de preços de venda de casas.
Por aqui, o principal destaque fica por conta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referente ao mês de agosto.
O dado será divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Itaú prevê uma alta mensal de 0,29% e anual de 4,7%.
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta terça-feira, puxados pelos resultados da empresa de software Oracle que decepcionaram investidores. Ações da Alphabet, dona do Google, e da Tesla também caem, puxando o ambiente negativo hoje para as techs.
No mais, os investidores aguardam as próximas leituras do Índice de Preços do Consumidor, o CPI, e o Índice de Preços ao Produtor (PPI), que serão divulgados na quarta-feira (13) e quinta (14). Apesar das expectativas de leituras baixas, há temores de que os custos de energia pressionem os índices.
A divulgação dos dados é aguardada com mais ansiedade considerando a proximidade da reunião do Fed, que determinará a taxa de juros nos EUA. Ainda que a expectativa, em especial após a divulgação dos dados de emprego, seja de manutenção do patamar atual na reunião, uma alta em novembro é descartada.
Após a divulgação dos dados da Oracle, os investidores também receberão resultados de outra gigante da tecnologia, a Adobe, na quinta-feira.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
Dow Jones Futuro (EUA), -0,11%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,18%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,19%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam mistos, com investidores à espera de dados de inflação e produção industrial da Índia na terça-feira, enquanto a China anunciará a sua produção industrial, vendas no varejo e preços de venda de casas na sexta-feira.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu cerca de 0,39%. A tempestade que ocorreu na sexta-feira e fechou os mercados financeiros de Hong Kong segue repercutindo.
As ações da China continental seguiram o movimento de queda, com o índice de Shanghai descendo 0,18%. Notícias de ontem, com alta do minério em Dalian, puxaram o setores de mineração e siderurgia no Brasil mas o mesmo efeito não se viu na China. O índice de preços ao consumidor da China cresceu 0,1% em agosto em relação ao ano anterior, marcando a primeira vez que a taxa de inflação esteve em território positivo desde Maio.
Já na Austrália, o índice S&P/ASX 200 opera em alta, mantendo o movimento de ontem. O Nikkei 225 reverteu queda de ontem e fechou com valorização de 0,95%. O Kospi, da Coreia do Sul, caiu 0,79%.
Shanghai SE (China), -0,18%
Nikkei (Japão), +0,95%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,39%
Kospi (Coreia do Sul), -0,79%
ASX 200 (Austrália), +0,20%
Europa
Os mercados europeus operam mistos, com a maioria dos índices em baixa. O FTSE 100 é o único que apresenta alta e investidores se preparam para próxima decisão da taxa de juros do Banco Central Europeu.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,51%
DAX (Alemanha), -0,36%
CAC 40 (França), -0,17%
FTSE MIB (Itália), +0,13%
STOXX 600, +0,02%
Commodities
Os preços do petróleo operam com alta nesta terça-feira, mantendo a elevação vista na semana passada após o prolongamento de cortes na oferta anunciado pela Arábia Saudita e Rússia. Hoje, sai o relatório mensal que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reporta dados de oferta, demanda, produção e preços produzidos pelo cartel.
As cotações do minério de ferro na China fecharam com forte alta.
Petróleo WTI, +0,88%, a US$ 88,06 o barril
Petróleo Brent, +0,74%, a US$ 91,31 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 1,96%, a 859 iuanes, cotação do minério US$ 117,89
Bitcoin
Bitcoin, 2,95% a US$ 25.791,31 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
Na agenda desta terça-feira, o destaque é a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referente ao mês de agosto. O resultado será apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, na agenda da semana tem como destaque dados de inflação e de atividade econômica, tanto no Brasil quanto no exterior.
O Itaú antecipa um aumento mensal de 0,29%, sinalizando uma expectativa de aceleração, dado que em julho o indicador registrou um avanço de apenas 0,12%.
O banco atribui essa possível aceleração ao setor de veículos, uma vez que o programa de descontos do governo chegará ao fim, e também aos preços da gasolina, que experimentaram recentes elevações nas refinarias. Como resultado, a taxa anual, que estava em 4% em julho, deve subir para 4,7%.
Nos Estados Unidos, o destaque será para a divulgação do CPI, na quarta-feira, 13.
Brasil
9h: Divulgação do IPCA
12h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, participa de reunião com Christian Broda, Managing Director da Duquesne Capital Management, e Luis Simon, Analyst, em São Paulo, para tratar de assuntos institucionais.
16h: Haddad se reúne com Carlos Brandão – Governador do Estado do Maranhão
17h: Encontro de Lula com o Diretor-Geral Brasileiro da Itaipu Binacional
3. Noticiário econômico
Brasil pretende quitar R$ 4 bi em dívidas com organismos multilaterais até o fim do ano
O governo brasileiro pretende quitar, ainda em 2023, todas as dívidas acumuladas desde 2014 com organismos multilaterais. A expectativa é que, após pagamento de R$ 2 bilhões, o Ministério do Planejamento e Orçamento pague ainda R$ 2 bilhões, de acordo com um cronograma de liberações de recursos até dezembro. A medida visa, além da quitação em si, o restabelecimento do direito a voto do Brasil nesses organismos e o resgate da capacidade do País utilizar financiamentos de fundos que havia parado de contribuir em governos anteriores.
“Vamos quitar todo o passivo de anos anteriores, mais o fluxo normal de aportes de 2023. O dinheiro a gente tem, o desafio é o limite financeiro mensal para fazer os pagamentos. Mas é algo que conseguimos contornar via Junta de Execução Orçamentária (JEO)”, disse a secretária de Assuntos Internacionais e Desenvolvimento da Pasta, Renata Amaral, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
4. Noticiário político
Centrão quer ‘porteira fechada’ na Caixa mas Lula ganha tempo
Em meio as trocas ministeriais, o Centrão se prepara para estabelecer novos embates com o governo federal, dessa vez em direção à Caixa Econômica Federal. Ainda que a troca da presidência já esteja acertada, com a escolha do nome da ex-deputada Margarete Coelho no lugar de Rita Serrano, o PP espera conseguir outros cargos no banco. A intenção de Lira é conseguir não somente sua aliada no comando do banco, mas também todos os cargos de estrutura sob sua direção, o que é chamado de ‘porteira fechada’ no jargão político.
A atual presidente da Caixa, Rita Serrano, é ligada ao PT e bem vista no Congresso como um nome técnico. Ainda assim, Lula teria admitido a troca antes de viajar para a Índia, para reunião de cúpula do G-20. Especula-se que sua estratégia seja ganhar tempo antes da decisão de novas trocas, agora em bancos e autarquias, de acordo com apuração do Estadão.
Votação da minirreforma eleitoral deve ocorrer nesta semana
O sistema eleitoral brasileiro passará por novas alterações para as eleições municipais do ano que vem, na chamada minirreforma eleitoral. A Câmara dos Deputados prevê a votação de dois projetos de lei ainda nesta semana, mais precisamente na quarta-feira (13). A informação é do deputado federal Rubens Júnior (PT-MA), relator das medidas em um grupo de trabalho criado para consolidar as propostas mais consensuais.
“O nosso sistema eleitoral é bom, precisa de pequenos ajustes. Esse foi o objetivo que nos debruçamos nesse trabalho”, disse Júnior, em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira (11), um pouco antes de se reunir com o grupo de trabalho para consolidar as propostas.
5. Radar Corporativo
Azul (AZUL)
A companhia aérea Azul (AZUL4) anunciou nesta segunda-feira (11) os resultados preliminares de tráfego de agosto de 2023.
O tráfego de passageiros consolidado (RPKs) aumentou 13,5% em relação a agosto de 2022, frente a um aumento de 13,1% da capacidade (ASKs), resultando em uma taxa de ocupação de 81,6%.
Telefônica Brasil (VIVT3)
Nesta segunda-feira, 11 de setembro, o Conselho de Administração da Telefônica Brasil (VIVT3) deu seu aval para a distribuição de Juros Sobre Capital Próprio (JCP) no valor total bruto de R$ 200 milhões, com base no balanço patrimonial datado de 31 de julho de 2023. O montante por ação equivale a R$ 0,12073237961.
O pagamento dos Juros Sobre Capital Próprio (JCP) será concretizado até o dia 30 de abril de 2024, com a data exata a ser determinada pela diretoria da empresa.
Fonte: InfoMoney