O Brasil saiu das primeiras posições do ranking de inflação entre as principais economias do mundo. De acordo com dados compilados pela Bloomberg, o país saiu do quarto lugar da lista em agosto (com dados referentes a julho) para o 8° posto em setembro (que considera os índices de agosto).
O País conseguiu se afastar das primeiras posições do ranking de 23 países após registrar o segundo mês seguido de deflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), especialmente por conta de redução nos preços dos combustíveis.
Com isso, a taxa caiu para 8,73% em 12 meses até agosto, depois de ter permanecido em 10,07% até o mês anterior.
A outra causa da queda do Brasil no ranking de inflação foi a aceleração dos preços ao consumidor nas principais economias europeias – 16 dos 20 membros do G20 já divulgarem a inflação do mês passado.
A inflação acumulada nos 12 meses até agosto na Zona do Euro chegou a 9,1%, segundo dados divulgados pelo escritório de estatísticas da União Europeia, o Eurostat, na última sexta-feira (16). É a taxa mais alta desde a criação do euro em 1999.
Reino Unido (9,9%), Itália (9,1%) e Alemanha (8,8%) aparecem à frente do Brasil no ranking. A Turquia continua firme no topo, com inflação de 80,2%, seguida pela Argentina, com 69,2%, e a Rússia, com 14,3%.
No centro do ranking, aparecem os Estados Unidos, que na semana passada anunciaram que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) acumulado em 12 meses ficou em 8,3%.
Especialistas ouvidos pela Bloomberg atribuíram a melhor posição do Brasil no ranking ao trabalho do Banco Central, que iniciou cedo o ciclo de alta de juros, e às medidas adotadas pelo governo federal para reduzir o custo dos combustíveis.
(Com agências)
Fonte: InfoMoney