Ao longo dessa semana (07 a 14 de Março), as chuvas serão significativas e abrangerão as principais áreas produtoras do país, uma vez que os corredores de umidade estão ativos desde o norte até o sul do Brasil. No entanto, algumas regiões têm enfrentado instabilidades há algumas semanas, dificultando as atividades de colheita e maturação das lavouras. O excesso de umidade também pode aumentar a incidência de doenças nas culturas, afetando a produtividade.
Apesar desses desafios, a disponibilidade de água é boa em grande parte do país, e há sinais de recuperação no extremo sul, principalmente em pastagens. No entanto, o leste do país, mais especificamente entre áreas do norte de Minas Gerais e Bahia, tem enfrentado uma sequência de períodos secos desde janeiro, com o bloqueio de umidade continuando a afetar a região nesta semana, aumentando a restrição hídrica na maioria das lavouras.
De maneira geral, as chuvas volumosas e abrangentes são uma boa notícia para muitas áreas produtoras do país, mas há desafios significativos em algumas regiões, tanto em termos de excesso de umidade quanto de falta de água. Agricultores e produtores devem estar atentos aos padrões climáticos em suas áreas e tomar medidas adequadas para proteger suas lavouras e maximizar sua produtividade.
Sul
No decorrer desta semana, a passagem de algumas áreas de baixa pressão e a grande quantidade de umidade proveniente da região norte, favorecem bons volumes de chuvas em algumas áreas da região. Como em Vacaria (RS), Tubarão SC e em Paranavaí (PR). No Paraná os acumulados podem superar os 100 mm no decorrer dos próximos dias. Contudo, essas chuvas mais recorrentes devem atrapalhar as operações de colheita e atrasar a maturação de algumas lavouras. No Rio Grande do Sul, as chuvas podem ocorrer com uma melhor regularidade se comparadas às outras semanas, porém o quadro hídrico ainda apresenta falta de chuvas.
Sudeste
A região terá a atuação dos corredores de umidade, mas as chuvas apresentam uma grande variação em relação aos volumes previstos. Isso é mais evidente no estado de Minas Gerais com diferenças de até 100 mm entre o norte e sul do estado. Inclusive este quadro indica um aumento na restrição hídrica para as lavouras de Milho e Feijão principalmente. Ao sul de São Paulo, a situação é diferente, a previsão indica volumes altos de chuvas, com episódios frequentes o que deve atrapalhar as operações de colheita e deixar as culturas mais suscetíveis ao excesso de umidade.
Centro-Oeste
No decorrer desta semana as chuvas não dão trégua nas principais regiões produtoras do centro-oeste. Mesmo assim, existe a possibilidade de algumas janelas de trabalho que possibilitem o avanço da colheita, mas isso acontecerá de forma lenta. Os volumes são expressivos e generalizados, variando dos 80 a 180 mm na região, o que favorece para o pleno desenvolvimento das culturas no início do ciclo de desenvolvimento como Milho 2ª safra e Algodão.
Nordeste
O bloqueio atmosférico segue ativo na região, impedindo a chegada de umidade e a formação das nuvens carregadas, isso vem se arrastando desde o mês de Janeiro no interior da região. E no decorrer desta semana, por conta deste sistema, a previsão é de baixos volumes no SEALBA, mas impactando de forma mais significativa o estado da Bahia. No estado, praticamente todas as culturas em campo estão sentindo os efeitos da restrição hídrica, com exceção do oeste onde as chuvas ocorrem de maneira pontual.
Norte
A previsão indica chuva volumosa e generalizada em boa parte da região com indicativos de até 236 mm nas proximidades de Arari (PA). As instabilidades ficam concentradas principalmente na faixa central da região, em função do fator termodinâmico (combinação entre calor e umidade). Somente no estado de Roraima os valores previstos são mais reduzidos, mas algo que é esperado para a época do ano.
Fonte: Agrolink