Com início de safra lento, Centro-Sul encerra abril com estoques de etanol 16,6% mais baixos

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Com início de safra lento, Centro-Sul encerra abril com estoques de etanol 16,6% mais baixos

16/05/2022

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Embora o início da safra 2022/23 de cana-de-açúcar, tenha encontrado estoques de etanol mais altos em comparação com a posição registrada no mesmo período do ano anterior, o início lento da moagem no Centro-Sul mudou essa tendência. Nas duas primeiras quinzenas da nova temporada, o volume armazenado do biocombustível ficou abaixo do registrado um ano antes.

 

Segundo números divulgados na última quinta-feira, 12, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a queda no comparativo anual foi de 16,6%, com as usinas do Centro-Sul armazenando 1,6 bilhão de litros em 1º de maio.

 

Na safra passada, o setor registrou uma queda ainda maior para o período, com estoques 34,6% mais baixos ante 1º de maio de 2020, quando o volume estocado era de 2,94 bilhões de litros. Contudo, os estoques estavam acima da média no início de 2020/21, após uma temporada de produção recorde do biocombustível e da quebra de demanda causada pela pandemia de covid-19.

 

Agora, o volume nos tanques de etanol aumentou ante a quinzena anterior, uma curva esperada no início de safra, indo de 1,51 bilhão para 1,6 bilhão de litros (+5,8%). Na safra anterior, o crescimento no mesmo comparativo foi de 7,8%.

 

O crescimento mais lento acompanha um contexto de menor produção quinzenal e de perda de mercado do etanol hidratado em relação à gasolina.

 

Em São Paulo – maior consumidor de combustíveis do país e maior produtor de etanol – a queda no volume de etanol estocado foi de 16,2% no comparativo anual, indo de 1,08 bilhão de litros para 904 milhões de litros.

 

Já Goiás e Minas Gerais registraram um crescimento de 25,4% e 5%, respectivamente. No primeiro estado, o volume foi de 225 milhões de litros para 282 milhões de litros. Já no estado mineiro, ele passou de 135 milhões para 142 milhões de litros.

 

Hidratado e anidro

Levando em consideração o tipo de etanol, a queda na armazenagem de anidro foi maior, 23,3%, com o volume em 1º de maio ficando em 489,82 milhões de litros – o volume registrado há um ano era 683,8 milhões. Neste caso, também houve redução de 27% ante 16 de abril, contrariando a tendência geral.

 

Por sua vez, os estoques de hidratado registraram uma retração menor, de 13,3% no comparativo anual, indo de 1,28 bilhão de litros para 1,12 bilhão de litros. Já em relação à quinzena anterior, houve um crescimento de 31,9%.

 

Assim, os números demonstram uma preferência das usinas pelo hidratado ante o anidro. No acumulado da safra, por exemplo, a produção de ambos registrou queda, mas a de anidro caiu 45,8% ante 2021/22, enquanto a de hidratado teve uma retração de 21,5%.

 

Em São Paulo, a queda dos estoques de hidratado foi de 14,4%, ficando em 628 milhões de litros. Já em relação à armazenagem de anidro, o estado registrou uma queda de 19,9% na comparação anual, com 277 milhões de litros em 1º de maio.

 

Fonte: NovaCana

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