Depois de uma alta no primeiro mês do ano, a demanda por etanol voltou a cair em fevereiro. No período, o consumo do biocombustível foi de 1,1 bilhão de litros de gasolina equivalente, queda de 5,7% em relação aos 1,17 bilhão de litros registrados em fevereiro de 2022.
A retração acontece mesmo em meio a um cenário de aumento para os combustíveis do ciclo Otto, com a comercialização de 4,57 bilhões de litros no mês (+10,1%). Com isso, a participação de mercado do etanol foi de 17%; um ano antes, ela era de 19,9% e, em fevereiro de 2021, de 29,65%.
As informações sobre o andamento do mercado de combustíveis em 2023 foram divulgadas na última quarta-feira, 5, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
No acumulado do ano, os abastecimentos com hidratado somaram 2,16 bilhões de litros, queda de 0,8% ante os 2,18 bilhões de litros vistos no mesmo período de 2022. Já em comparação com o primeiro bimestre de 2021, a retração chega a 55,6%.
A gasolina, enquanto isso, continua aumentando a sua participação de mercado. No período, a demanda foi de 7,54 bilhões de litros do combustível fóssil, alta anual de 14,4%.
Assim, o consumo bimestral de combustíveis do ciclo Otto chegou a 9,1 bilhões de litros de gasolina equivalente, aumento de 11,5% em relação ao ano passado. Em comparação com 2021, o acréscimo é de 8,9%.
Este é o maior volume para os dois primeiros meses do ano desde o início da série histórica, iniciada em 2004.
Em São Paulo, maior estado produtor e consumidor de etanol, a demanda pelo biocombustível ficou estável em fevereiro, com 591 milhões de litros. Ao mesmo tempo, o mercado para o ciclo Otto cresceu 5,4%, para 1,3 bilhão de litros.
No bimestre, por sua vez, o consumo paulista de etanol subiu 7,6%, chegando a 1,16 bilhão de litros. Nos dois primeiros meses de 2022, o total foi de 1,08 bilhão de litros. Em comparação com os 1,7 bilhão de litros vistos em 2021, entretanto, houve uma retração de 31,4%.
Fonte: NovaCana