As perspectivas do Rabobank para o consumo global de açúcar envolvem um crescimento da demanda pela commodity. Entretanto, o banco também acredita que o índice de aumento não deva ser superior a 1%.
Em relatório, desenvolvido pelo setor de pesquisa do banco e assinado pelo estrategista global de açúcar, Andy Duff, o banco considera o consumo global de açúcar de 2000 a 2021. Neste período, foram identificadas duas linhas de tendências, uma para cada década, que mostram ritmos distintos de crescimento.
Nos primeiros dez anos, a tendência foi de um aumento anual de 2,5% no volume consumido globalmente. Por sua vez, a década mais recente apresentou uma média de apenas 1% ao ano. “Mas isso não ocorreu em um ambiente controlado. Algumas questões devem ser analisadas mais a fundo”, explica o relatório.
O primeiro ponto destacado é em relação às temporadas 2019/20 e 2020/21 (outubro a setembro) e se elas deveriam ser inclusas no cenário total – afinal, a pandemia de covid-19 impactou o consumo de diversos alimentos, incluindo o açúcar.
Considerando o choque negativo da pandemia sobre os rendimentos, os padrões de oferta e demanda foram afetados. Tirando os dois últimos anos da base, o crescimento do consumo de açúcar entre 2011/12 e 2018/19 é de 1,3%.
Ou seja, mesmo com a exclusão, a taxa de crescimento ficou aquém dos 2,5% vistos na década anterior. De acordo com o banco, em geral, o mercado de açúcar estava acostumado com um aumento anual na casa dos 2%.
Fonte: NovaCana