Diesel e gasolina completam dez dias de defasagem puxada pela Petrobras

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Diesel e gasolina completam dez dias de defasagem puxada pela Petrobras

19/10/2022

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A defasagem entre os preços internos da gasolina e do diesel em relação ao mercado internacional já dura dez dias, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), puxada pela falta de reajustes da Petrobras nas refinarias.

 

De acordo com a entidade, a diferença em relação ao preço internacional vem sendo amenizada pela queda do petróleo e os leilões do Banco Central, que ajudam a reduzir a valorização global do dólar.

 

Há 47 dias sem reajuste, o preço da gasolina registra defasagem média de 5% nesta quarta-feira, sendo as maiores diferenças de preços observadas nos portos de Aratu, na Bahia, e Araucária, no Paraná, portos nos quais a diferença chega a 11%. Para voltar à paridade, o reajuste médio no país deveria ser de R$ 0,18 por litro, segundo a Abicom.

 

Já o diesel continua com uma defasagem maior, de 12% em média, depois de ter chegado a 16% no último dia 14.

 

O combustível sofre maior pressão pela chegada do inverno no hemisfério norte e a corrida da Europa para fazer estoques, ao mesmo tempo em que se aproxima a data de proibição de importações do combustível da Rússia. É também um combustível mais importado do que a gasolina pelo Brasil. O diesel tem um déficit de cerca de 25% para abastecer o mercado interno, contra 3% da gasolina.

 

Para voltar à paridade, o aumento médio do diesel deveria ser de R$ 0,70 por litro nas refinarias, informa a associação, que não vê condições da importação concorrer com os preços praticados pela Petrobras.

 

A estatal sofre pressão do governo para manter os preços congelados até o final do segundo turno, com objetivo de favorecer a reeleição de Jair Bolsonaro.

 

Com exceção do mercado baiano, onde o diesel tem defasagem de apenas 1%, o preço do diesel está abaixo do negociado no Golfo do México em todos os portos que servem de referência para os importadores. Em Itacoatiara a defasagem é de 14%, e em Itaqui, Suape, Paulínia e Araucária a defasagem.de 15%. O aumento de preço nessas localidades deveria ser de R$ 0,89 por litro para voltar à paridade com os preços internacionais, avalia a Abicom.

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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