O dólar futuro chegou à máxima de R$ 5,2483 às 14h50 após James Bullard, membro votante considerado “dovish” no Federal Reserve, defender alta de 0,50 ponto percentual na taxa de juros nos EUA na próxima reunião do colegiado do Fed, em 16 de março.
Às 15:01, a cotação refluiu para R$ 5,2194, negociado com baixa de 0,28%. Durante a manhã, a moeda americana chegou à mínima de R$ 5,1745 após divulgação dos dados de inflação nos EUA.
Bullard, que é presidente do Federal Reserve de St. Louis, quer o início da redução do balanço do Fed a partir do 2º trimestre. Além disso, gostaria que a taxa de juros chegasse no intervalo de 1-1,25% em julho.
Após a fala do membro do Fed, a possibilidade de o Fed subir a taxa de juros em 50 pontos-base subiu para 72,4% na reunião de março, de acordo com o Monitor do Investing.com. Em julho, a projeção de que o juros atinja o patamar desejado por Bullard já está em 51,8%.
O aumento da taxa de juros e a redução do balanço do Fed nos EUA significa, em tese, que é mais vantajoso aos investidores buscarem rentabilidade na renda fixa dos EUA, valorizando o dólar e potencial, no caso brasileiro, de desvalorização do real.
A fala de Bullard ocorre no dia que a economia dos EUA divulgou a maior taxa de inflação em quatro décadas em janeiro e acima da projeção do mercado.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu para 7,5% na base anual, uma aceleração em relação à alta de 7% registrada em dezembro e da estimativa de 7,3%. Na base mensal, o avanço foi de 0,6%, acima da projeção de 0,5%.
Fonte: Investing.com