O dólar subia frente ao real pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira e chegou a superar os R$ 5,10, em linha com o fortalecimento da divisa norte-americana no exterior antes da votação da suspensão do teto da dívida dos Estados Unidos, enquanto investidores continuavam de olho na possibilidade de cortes na taxa Selic ainda em agosto (e ainda que as apostas se concentrem para o início dos cortes em setembro).
Às 14h11 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 1,03%, a R$ 5,094 na compra e na venda, chegando a R$ 5,128 na máxima do dia. Com isso, até então, a divisa americana registrava ganhos de 2,15% no mês.
A sessão também era de volatilidade elevada devido ao fechamento da taxa Ptax de maio.
A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar, o que costuma gerar vaivém no mercado de câmbio.
A alta do dólar à vista no mercado local estava em linha com o fortalecimento da divisa norte-americana frente a uma cesta de partes fortes, que Hideaki Iha, operador da Fair Corretora, atribuiu às incertezas recentes em torno do acordo de suspensão do teto da dívida dos EUA, que “ainda não está assinado, no fim das contas”, conforme pontuou para a Reuters.
A legislação mediada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, e pelo presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, para elevar o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões dos Estados Unidos e alcançar novos cortes de gastos federais passou por um importante obstáculo na terça-feira, avançando para o plenário da Câmara dos Deputados para debate e para possível votação nesta quarta-feira.
Fonte: InfoMoney