O dólar opera com viés de baixa, mas sem aprofundar demais a sua queda, nesta quinta-feira (4), depois que falas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ajudaram a recalibrar as apostas dos juros nos EUA e a reduzir a pressão de alta do dólar sobre o real.
Isso, porém, pode ser momentâneo, já que amanhã (sexta) saem dos dados do payroll, principal dado de emprego e atividade da economia americana. Portanto, novos solavancos podem vir. Contudo, nesta quinta, o dólar, globalmente, perde força, com o DXY, recuando 0,26%.
No mais, após intervir no mercado de câmbio, no começo da semana, o presidente do Banco Central do Brasil descartou que novos movimentos semelhantes ocorram, acrescentando que o evento foi pontual. Desde a intervenção, o real ganhou força sobre o real.
Internamente, ainda com o fiscal no radar, o investidor acompanhará à noite a participação do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo em evento. Mais cedo, o BC divulgou que o setor externo apresentou déficit em conta corrente de US$ 4,373 bilhões, de -US$ 3,3 bilhões.
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 10h32, dólar à vista opera com baixa de 0,22%, a R$ 5,029 na compra e na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento opera com queda de 0,42%, aos 5.039 pontos.
Está previsto para hoje que o Banco Central faça um leilão de até 16 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem, de vencimento previsto para 3 de junho de 2024.
Dólar comercial
Venda: R$ 5,028
Compra: R$ 5,027
Dólar turismo
Venda: R$ 5,249
Compra: R$ 5,069
O que acontece com o dólar hoje?
A moeda americana opera com viés de baixa, em meio a cautela sobre os cortes de juros na maior economia do mundo, a queda das commodities e a subida dos rendimentos dos Treasuries, que influenciam, por sua vez, o movimento dos juros no Brasil.
Contrariando uma breve tendência de queda no final do ano passado, a divisa americana se fortaleceu cerca de 3,3% este ano em relação a uma cesta de moedas fortes. A economia forte dos EUA e a inflação persistente forçaram os mercados financeiros a repensar suas apostas sobre o momento do primeiro corte nas taxas do Fed.
Por mais que os agentes do mercado esperem atualmente uma chance de cerca de 60% de um corte de juros em junho, eles precificam cerca de 75 pontos-base de reduções nas taxas este ano –o que alguns formuladores de políticas consideram “razoável” e em linha com as projeções do próprio Fed.
O presidente do Fed, Jerome Powell, em discurso ontem, deixou claro que o BC ainda estava estudando dados. Hoje saem os pedidos semanais iniciais de seguro-desemprego e vários outros membros do Fed falam.
Fonte: InfoMoney