O dólar à vista opera com forte volatilidade, sem tendência única frente ao real, digerindo os números do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Em setembro, o país criou menos de vagas de trabalho do que o esperado.
Por volta das 10h30 (de Brasília), a moeda norte-americana operava na estabilidade, cotada a R$ 5,22. Estável, o contrato futuro de dólar com vencimento em novembro oscilava acima de R$ 5,24.
Dólar lá fora
No exterior, o dólar também oscila, mas opera em alta ante as principais moedas pares e de países emergentes após o relatório de empregos norte-americano, o payroll. Lá fora, o Dollar Index subia 0,2%, aos 112,5 pontos.
Os Estados Unidos criaram 263 mil postos de trabalho no mês passado, enquanto as projeções eram de 270 mil novas vagas. A taxa de desemprego caiu de 3,7% para 3,5%, enquanto o percentual de participação da população na força de trabalho permaneceu em 62,3% no período.
Em relação aos ganhos médios por hora, houve uma ligeira alta de 0,4%, a US$ 27,77 por hora, dentro das estimativas.
“A grande surpresa veio da taxa de desemprego, que recuou”, destaca o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.
E o Fed?
Sanchez acrescenta que, para a política monetária adotada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), a implicação é clara que não tem motivos para se preocupar com a meta referente ao emprego e mirar exclusivamente no combate inflacionário.
Com isso, a Ativa aposta em mais uma alta da taxa de juros em 0,75 ponto percentual (p.p.) na próxima reunião do Fed, em novembro.
Fonte: Money Time