O volume de açúcar exportado pelo Brasil continua abaixo dos patamares de um ano antes, algo que vem sendo observado desde julho de 2021. Ainda assim, os produtores têm visto uma melhor remuneração pela venda da commodity.
Em março deste ano foram despachadas 1,43 milhão de toneladas de açúcar, queda de 16,5% ante as 1,72 milhão de toneladas enviadas em fevereiro e de 27% frente ao mesmo mês de 2021.
Já o preço teve uma nova elevação, chegando a uma média de US$ 388,58 por tonelada e resultando em uma receita mensal de US$ 558,44 milhões. Considerando o preço médio de março do ano passado, o valor por tonelada de adoçante teve um aumento de 19,7%.
Mesmo com a alta do preço, a receita foi 12,5% menor do que em março de 2021 por conta da diminuição do volume exportado.
Os números são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.
Do total exportado em março, 1,26 milhão de toneladas eram de açúcar bruto, uma queda de 16% em relação a fevereiro e de 24,6% na comparação anual. Enquanto isso, o preço médio comercializado subiu 2,34% ante fevereiro, chegando a US$ 384,5/t. O valor também é 20,7% maior do que o negociado no mesmo mês de 2021.
O restante do volume, ou 174 mil toneladas, foi do adoçante refinado, o que representou 20% menos do que o total visto em fevereiro. Na comparação anual, a queda foi ainda mais brusca, de 40,5%. Já o preço médio do açúcar refinado foi de US$ 417,74/t, representando uma queda de 3,5% ante ao valor negociado em fevereiro. Na comparação anual, entretanto, o valor aumentou 16,4%.
Somando os envios feitos entre janeiro e março, os embarques do adoçante chegam a 4,5 milhões de toneladas, queda de 22,3% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram despachadas 5,79 milhões de toneladas. No trimestre, o preço médio foi de US$ 384,77 por tonelada, gerando uma receita de US$ 1,73 bilhão.
Os principais destinos do açúcar brasileiro em março foram: China (247,26 milhões de toneladas); Argélia (188,80 milhões de toneladas); Nigéria (159,93 milhões de toneladas); e Bangladesh (123,88 milhões de toneladas).
Fonte: NovaCana