O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 0,5 ponto em julho, a 79,5 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado foi influenciado pela melhora das expectativas para os próximos meses, enquanto a avaliação sobre o momento presente seguiu estável.
No âmbito do ICC, o Índice de Expectativas (IE) subiu 0,7 ponto, para 86,6 pontos, no maior valor desde agosto de 2011. Já o Índice de Situação Atual (ISA) oscilou em baixa de -0,1 ponto, seguindo em 70 pontos, no nível inferior ao período pré pandemia.
Em relação às avaliações, o indicador que mede a satisfação dos consumidores sobre a situação econômica subiu a 77,9 pontos. Trata-se do melhor resultado desde março de 2020. Porém, a percepção sobre a situação financeira das famílias voltou a piorar.
Porém, o indicador sobre as perspectivas para a situação financeira nos próximos meses avançou a 89,3 pontos. O indicador que mede a situação econômica nos próximos seis meses também avançou, atingindo o maior nível desde agosto de 2021.
Confiança se acomoda antes das eleições
Para a coordenadora das sondagens da FGV, Viviane Senda, a confiança dos consumidores se acomodou em julho. “Aparentemente, o efeito dos estímulos realizados pelo governo perdem força e não conseguem reverter a percepção ruim da situação financeira das famílias de menor poder aquisitivo”, avalia.
Apesar disso, ele destaca a melhora das perspectivas para os próximos meses sobre a economia e emprego. “Esse movimento, contudo, é exatamente oposto para os consumidores de maior poder aquisitivo”, ressalta.
Para ela, a proximidade das eleições pode tornar as expectativas mais voláteis, considerando que não há uma perspectiva de mudança dos fatores econômicos nos próximos meses.
Fonte: Money Times