As usinas brasileiras fixaram preços do açúcar para exportação da safra 2022/23 do Centro-Sul em novembro de pouco mais de 1,1 milhão de toneladas, o menor volume em cinco meses, segundo a Archer Consulting. Em outubro, foram fixados preços de 1,2 milhão de t do adoçante.
O preço médio por tonelada em novembro ficou em R$ 2.406 por tonelada.
"(O volume) está em linha com a redução do número de contratos negociados na Bolsa de NY. Em novembro, 1,82 milhão de contratos foram negociados, um pequeno aumento de 4,3% em relação ao mês anterior, mas 27% abaixo da média mensal dos últimos doze meses", disse a Archer.
De acordo com a consultoria, a posição em aberto na ICE está estagnada há três meses, confirmando a percepção de diminuição dos negócios no mercado físico e o possível enxugamento temporário das operações físicas das tradings em função de menor giro e o estresse proveniente das chamadas de margem em agosto e setembro deste ano.
Segundo a consultoria, a redução de volume fixado em novembro é reflexo de dois fatores, um ligado à safra e outro da economia global.
"A fixação da safra corrente ocorrerá antecipadamente no ano passado diminuindo assim a atividade de hedge deste ano e, o segundo, a menor atividade das tradings por conta da desaceleração da economia global e menor necessidade de ajustes dos livros via spreads, que normalmente são responsáveis por 2/3 do volume total negociado na Bolsa", disse a Archer.
A fixação acumulada até o dia 30 de novembro alcançou 12,1 milhões de toneladas para a temporada 2022/23, ou 47,6% do total que deve ser exportado na próxima temporada. Nesse mesmo período, no ano passado, o percentual era de 61,3%. O valor médio é de 16,37 centavos de dólar por libra-peso, sem prêmio de polarização.
Com o prêmio de polarização, o preço está em R$ 2.107/tonelada FOB Santos ou R$ 0,9173/libra-peso.
Fonte: Notícias Agrícolas