Futuros de NY operam mistos após alta na véspera com Fed, Europa sobe antes do BCE; confira os destaques do mercado hoje

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Futuros de NY operam mistos após alta na véspera com Fed, Europa sobe antes do BCE; confira os destaques do mercado hoje

02/02/2023

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As bolsas da Europa operam com alta, enquanto os índices futuros de Nova York operam sem direção única nesta quinta-feira (2), com mercados digerindo a alta mais branda de 0,25 ponto percentual (p.p.) nas taxas de juros dos EUA na véspera e à espera de decisões sobre juros do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE).

 

Em seu discurso o presidente do Federal Reserve (Fed), sinalizou que o “processo desinflacionário está em etapa inicial”, enquanto as “expectativas de inflação parecem bem ancoradas”, o que foi suficiente para animar os mercados em Wall Street, que fecharam em alta na sessão passada.

 

Já nesta data, a maioria dos analistas acredita que o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra devem elevar os juros em mais 50 pontos-base (0,5 p.p.) na reunião de hoje.

 

Na temporada de balanços americana, após os resultados acima do esperado da Meta, dona do Facebook, hoje é a vez de Alphabet (controladora do Google), Apple e Amazon. Investidores estarão atentos aos resultados, visto que essas empresas embarcaram em uma onda de demissões no começo do ano.

 

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a Selic em 13,75% pela quarta vez seguida e, na visão de muitos analistas, esvaziou as chances de cortes de juros em 2023.

 

Já a temporada de resultados ainda está ganhando tração, e esta quinta-feira (2) traz o resultado do Santander Brasil (SANB11), primeiro grande banco a divulgar seu balanço trimestral.

 

Ainda no radar corporativo, a Oi (OIBR3) pediu à Justiça do Rio de Janeiro uma liminar que a proteja de credores com os quais detém cerca de R$ 29 bilhões em dívidas, incluindo bancos e detentores de títulos, em passo que pode vir antes de um novo processo de recuperação judicial da companhia, segundo reportagem da Reuters.

 

Do lado político, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira foram reeleitos para o comando do Senado e da Câmara, respectivamente.

 

1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam sem direção definida nesta manhã de quinta-feira, depois que o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou progressos na redução das pressões inflacionárias, mesmo com o BC dos EUA alertando sobre mais aperto na política monetária.

Powell disse que não tem certeza de quando o banco central vai parar com seus aumentos de juros, à medida que avança com seus esforços para controlar a inflação.

Na frente corporativa, as ações da Meta subiram mais de 19% no after market depois da companhia superar as projeções de receita no quarto trimestre e anunciar uma recompra de ações de US$ 40 bilhões.

Investidores também acompanharão hoje dados sobre pedidos de auxílio-desemprego, produtividade, custos trabalhistas e encomendas à indústria.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro (EUA), -0,12%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,51%
Nasdaq Futuro (EUA), +1,40%

 

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em alta, com exceção do índice Hang Seng, de Hong Kong, com investidores repercutindo o aumento menor da taxa do Fed de 0,25 pp e o presidente do Fed, Jerome Powell, reconhecendo que a inflação está caindo.

Os investidores estão acompanhando de perto as ações das empresas do Adani Group depois que a Adani Enterprises retirou sua oferta pública subsequente de US$ 2,5 bilhões, apesar da venda ter sido totalmente subscrita, o que muitos viram como um voto de confiança dos investidores.

Já o  índice de preços ao consumidor da Coreia do Sul subiu 5,2% em janeiro em uma base anualizada.

Shanghai SE (China), +0,02%
Nikkei (Japão), +0,20%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,52%
Kospi (Coreia do Sul), +0,70%

 

Europa

Os mercados europeus operam no azul, com investidores se preparando para as decisões de aumento das taxas de juros do Banco da Inglaterra e do Banco Central Europeu. Ambos devem elevar os juros em 0,5 ponto percentual.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,57%
DAX (Alemanha), +1,52%
CAC 40 (França), +1,06%
FTSE MIB (Itália), +1,01%

 

Commodities

Os preços do petróleo operam em alta na sessão de hoje, após aumento da taxa de juros nos EUA, o que levou o dólar a uma queda, tornando a commodity mais barata para investidores em outras moedas.

Os preços também estão subindo no contexto de uma proibição de 5 de fevereiro aos produtos refinados russos pela União Europeia.

Já as cotações do minério de ferro na China caem forte nesta quinta-feira. As cotações foram para uma mínima de duas semanas nesta quinta-feira, com traders reavaliando as perspectivas de demanda na China, apesar das expectativas de mais estímulos políticos para apoiar a recuperação econômica do país.

As importações e exportações da China estão enfrentando um ambiente “extremamente severo” devido aos riscos crescentes de uma recessão global e à desaceleração da demanda externa, disse uma autoridade do governo nesta quinta-feira.

“Acreditamos que mais gastos com estímulo e infraestrutura podem ser revelados no Congresso Nacional do Povo em março, o que provavelmente aumentará ainda mais a demanda por commodities”, disse Ewa Manthey, estrategista de commodities do ING. No entanto, analistas também apontam que os reguladores chineses, que alertaram contra a especulação excessiva do preço do minério de ferro, podem intervir para administrar qualquer potencial pressão de alta na inflação das commodities.

Petróleo WTI, +0,30%, a US$ 76,64 o barril
Petróleo Brent, +0,21%, a US$ 83,01 o barril
Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 3,33%, a 841,50 iuanes, o equivalente a US$ 125,15

 

Bitcoin

Bitcoin, +1,15% a US$ 23.804,75 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

 

2. Agenda

A agenda desta quinta-feira (2) é marcada pela decisão de política monetária na Europa. A expectativa é que Banco Central Europeu (BCE) eleve os juros em mais 50 pontos-base na reunião que termina hoje (2).

Nos EUA, os pedidos de seguro-desemprego semanal são destaque. O consenso Refinitiv prevê 200 mil solicitações no período.

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Brasil

9h: Fernando Haddad, ministro da Fazenda, tem reunião com secretários

10h30: Leilão de títulos do Tesouro Nacional

12h30: Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem reunião com Richard Back, Chefe de Gabinete da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (fechado à imprensa)

14h: Campos Neto se reúne com Senador Irajá Silvestre Filho (PSD/TO), e Marcelo Cavalcante Baza, sócio da Reservas Inteligentes (fechado à imprensa)

17h: Lula se reúne com ministro da Fazenda, Fernando Haddad

 

EUA

10h30: Pedidos de seguro-desemprego semanal, com consenso Refinitiv prevendo 200 mil pedidos

10h30: Encomendas à indústria de dezembro; consenso Refinitiv estima alta de 2,2% na comparação com novembro

 

Zona do Euro

10h15: BCE decide sobre juros; consenso Refinitiv projeta a taxa de depósito em 2,50%

 

Inglaterra

9h: Banco da Inglaterra decide sobre juros; consenso Refinitiv prevê taxa de juros em 4%

 

3. Noticiário econômico
Copom pode manter Selic em 13,75% por mais tempo, dizem analistas

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu novamente por manter a taxa Selic em 13,75%. Pelo quarto encontro consecutivo, a autoridade optou por não mexer nos juros. A decisão foi unânime.

Deterioração das expectativas de inflação por incerteza fiscal e o risco de elevação do custo da desinflação foram as mensagens capturadas pelo mercado.

Andrea Damico, sócia e economista-chefe da Armor Capital, destacou que o Copom fez uma ligeira modificação no trecho que que cita a possibilidade de manter a taxa, trocando o “período suficientemente prolongado” por “período mais prolongado” como estratégia para assegurar a convergência da inflação à meta.

Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset, concorda que a mensagem foi bem clara que a incerteza fiscal, principal elemento da deterioração das expectativas, vai fazer com que o BC seja mais cauteloso, mantendo taxa em 13,75% por um período mais prolongado do que se vislumbrava anteriormente.

 

4. Noticiário político
Eleições no Congresso

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) confirmou o favoritismo e foi reeleito, na última quarta, presidente do Senado Federal para os próximos dois anos. Ele recebeu 49 dos 81 votos no primeiro turno e derrotou Rogério Marinho (PL-RN), apoiado por 32 pares em votação secreta.

O desempenho de Pacheco foi inferior ao de sua primeira vitória para comandar a casa legislativa, quando derrotou Simone Tebet (MDB-MS) por 57 votos a 21. Mesmo assim, os 49 votos são marca relevante, que corresponde exatamente ao quórum necessário para a aprovação de Propostas de Emenda à Constituição (PECs) na casa legislativa. Por outro lado, um indicativo de desafios para o governo.

Em uma demonstração de força política, Arthur Lira (PP-AL) também foi reeleito, na quarta-feira (1º), presidente da Câmara dos Deputados, no primeiro turno, com 464 votos dentre os 513 parlamentares que tomaram posse mais cedo para a 57ª legislatura.

 

5. Radar Corporativo
Petrobras (PETR4)

A Petrobras informou que, em sessão realizada ontem, a Primeira Turma da Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF), órgão integrante do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), negou provimento a recursos interpostos pela estatal e decidiu que seriam devidos IRPJ e CSLL relativos aos lucros de sua controlada no exterior referentes aos exercícios de 2011 e 2012.

Com a decisão, os débitos fiscais correspondentes, que hoje totalizam cerca de R$ 5,7 bilhões, tornam-se definitivos no âmbito administrativo. Dessa forma, a Petrobras diz que adotará as medidas judiciais cabíveis para questionar a cobrança, bem como garantir o débito.

Oi (OIBR3)

A Oi (OIBR3) pediu à Justiça do Rio de Janeiro uma liminar que a proteja de credores com os quais detém cerca de R$ 29 bilhões em dívidas, incluindo bancos e detentores de títulos, em passo que pode vir antes de um novo processo de recuperação judicial da companhia, de acordo com documentos vistos pela Reuters nesta quarta-feira.

A empresa argumenta que tentou chegar a um acordo com os credores para refinanciar sua dívida, mas até agora não obteve sucesso.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

 

Fonte: InfoMoney

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