Os contratos futuros dos açúcares bruto e branco negociados na ICE avançaram nesta quarta-feira, com as primeiras posições de ambas as commodities atingindo máximas contratuais, impulsionadas pelo cenário macroeconômico favorável e pelas ofertas apertadas no curto prazo.
O contrato março do açúcar bruto fechou em alta de 1,8%, a 16,71 centavos de dólar por libra-peso. O primeiro mês chegou a atingir uma máxima contratual de 17,05 centavos durante a sessão, maior nível desde abril de 2017.
Operadores destacaram o aperto das ofertas no curto prazo, agora com o rebaixamento nas perspectivas de produção na Índia e Tailândia.
Além disso, o etanol está se tornando mais competitivo no Brasil à medida que os preços da gasolina sobem, o que é um desenvolvimento positivo para os preços do açúcar, disse um corretor nos Estados Unidos.
A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) informou nesta quarta-feira que as vendas de etanol na segunda quinzena de janeiro superaram o volume comercializado no mesmo período da temporada anterior, o que acontece pela primeira vez na temporada 2020/21.
O Vietnã planeja impor tarifas antidumping sobre o açúcar bruto proveniente da Tailândia, alegando que as crescentes importações estão prejudicando a indústria doméstica do adoçante.
O açúcar branco para março, que expira na sexta-feira, avançou 0,8%, para 479,50 dólares a tonelada – também uma máxima de contrato e maior patamar desde abril de 2017.
Operadores disseram que uma entrega de cerca de 400 mil toneladas de açúcar branco é esperada ante o contrato março, à medida que compradores recorrem à bolsa para garantir ofertas do adoçante.
Fonte: Reuters