Gasolina deve ficar até R$ 0,34 mais cara em julho com volta de impostos

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Gasolina deve ficar até R$ 0,34 mais cara em julho com volta de impostos

21/06/2023

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A gasolina e o etanol vão ficar mais caros a partir de 1o de julho. Os combustíveis vão ter a cobrança de PIS/Cofins. Com a volta da tributação, a
gasolina deve ter um aumento de até R$ 0,34 por litro e o etanol, de R$ 0,22 nos postos. As estimativas são da Abicom (Associação Brasileira
dos Importadores de Combustíveis.

 

Volta dos impostos federais
A cobrança de PIS/Cofins deixou de ser feita no ano passado. Em março, o governo Lula anunciou a retomada de cobrança parcial dos tributos
federais nos combustíveis. Em 1o de julho, está prevista a reoneração total do PIS/Cofins para a gasolina e o etanol. O consumidor deve sentir
o aumento rapidamente no preço das bombas.

 

Hoje os postos têm autonomia para definirem os preços que vão cobrar aos consumidores. Quando há aumento no preço dos combustíveis nas
refinarias ou nos impostos, eles costumam fazer o repasse rapidamente ao consumidor.

 

Apesar do aumento esperado, os preços estão mais baixos do que em outros momentos. Walter Vitto, analista da consultoria Tendências,
lembra que a Petrobras anunciou uma redução nos preços em maio, que refletiu no preço dos combustíveis nas bombas. O preço médio da
gasolina era de R$ 5,39 em maio, frente a R$ 5,51 em abril, segundo dados da ANP. Na semana passada, o preço médio do litro da gasolina no
país caiu 0,4%, para R$ 5,40, segundo a ANP.

 

Na semana passada, o preço médio do litro da gasolina no país caiu 0,4%, para R$ 5,40, segundo a ANP.

 

Caso o litro da gasolina suba R$ 0,34 nos postos, chegaria a R$ 5,74, valor ainda 20% abaixo do registrado em 2022. O cálculo leva em conta o
cenário de manutenção do preço médio da semana passada. Em junho do ano passado, o litro da gasolina era vendido a R$ 7,23 em média.
Preços nas bombas ainda não refletem por completo redução anunciada pela Petrobras. Desde o dia 16, o preço nas refinarias da estatal foram
reduzidos em R$ 0,13 por litro. O corte é o segundo reajuste realizado pela estatal desde a alteração de sua política comercial de precificação
de combustíveis, em maio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia indicado que a Petrobras poderia promover nova redução de
preços para compensar a reoneração.

 

Em junho, os estados também começaram a cobrar uma alíquota única de ICMS para a gasolina. O novo valor é de R$ 1,22 por litro, e já se
refletiu nas bombas. Pedro Rodrigues, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), diz que que a unificação traz mais previsibilidade
aos estados e aos consumidores. Antes a cobrança era um percentual que variava de estado para estado.

 

Nova política de preços da Petrobras
Atualmente, os preços nas refinarias estão com um valor mais baixo do que o praticado no mercado internacional. Segundo o presidente da
Abicom, Sergio Araújo, isto está acontecendo em razão da nova política de preços da Petrobras, que abandonou a paridade de importação nos
preços dos combustíveis. Os especialistas avaliam que as novas regras da Petrobras para reajustes ficaram menos claras.

 

Aumento de impostos vai funcionar como "teste" para avaliar a conduta da Petrobras em relação aos preços. Vitto diz que a empresa não pode
agir pensando no governo, mas sim nos negócios da empresa. Vitto diz que é preciso avaliar o quanto governo e empresa estão ligados com a
nova política.

 

Neste momento, será possível avaliar o quanto as decisões do governo e da empresa estão ligadas, de acordo com Vitto. A única forma de o
consumidor não sentir no bolso o aumento do preço da gasolina com a volta dos impostos federais seria se a Petrobras anunciasse uma nova
redução nos preços do combustível para as distribuidoras.

 

"Esse vai ser o primeiro grande teste. Os impostos vão aumentar e vamos ver como vai ser a reação da empresa. Não sabemos dizer de antemão.
O anúncio da mudança de política da Petrobras foi muito aberto, sem especificidade." Walter Vitto, analista da consultoria Tendências.

 

 

Fonte: Economia UOL

Extraído de Agência UDOP de Notícias

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