O desempenho do dólar no Brasil vai ditar parte dos negócios com as commodities agrícolas, especialmente se houver recuperação após as baixas da segunda em cerca de 4,09%.
No exterior, o ambiente financeiro está favorável nesta passagem da terça (4), com a divisa americana em queda e os futuros de ações em alta nos Estados Unidos. O petróleo busca quase os US$ 90, já passando dos 1% de alta em Londres.
Enquanto isso, nas telas dos mercados futuros de Chicago e Nova York todos os ativos estão em alta, em um range que móvel de 0,30% a cerca de 1,10%, misturando ajustes e fundamentos, às 7h30 (Brasília).
Soja e açúcar buscam ainda correções, mas pelos lados dos fundamentos o sentido seria o contrário nos vencimentos de novembro e março, respectivamente, US$ 13,79 e 17,50 c/lp.
O grão deverá ter semana com negócios pontuais, sem a China comprando pelo feriadão local, e safras saindo no EUA e plantando aqui, mais estoques americanos acima vistos pelo USDA.
Se o câmbio for mantido em linha com a segunda, pelo bom desempenho do governo nas eleições e fortes bancadas no Congresso, os prêmios nos portos afastam os brasileiros.
Para o açúcar, a ICE computou aumento dos lotes registrados, sobre 2021, todos de origem brasileira, o que implica em mais ofertas, algo já apontado pelos números da safra dando mais adoçante que etanol nos últimos dois meses.
Milho mantém pouco de vigor, US$ 6,83 no dezembro, com os inventários mais justos e atenção à guerra na Ucrânia, assim como o trigo que busca US$ 9,18.
O segundo grão igualmente sentiu a menor disponibilidade do cereal americanos e vinha de realização de lucros.
O café despencou feio, mais de 2,60%, daí que igualmente busca ajuste, mas também notícias de chuvas de granizo ontem no Sul de Minas e tempestades em partes do Espírito Santo, que podem ter prejudicados as floradas da próxima safra, ficam no radar.
Já vai passando de 1,10% de alta, a maior entre os derivativos agrícolas, a 218,13 c/lp.
Fonte: Money Times