Ibovespa cai mais de 2%, flerta com novas mínimas desde março

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Ibovespa cai mais de 2%, flerta com novas mínimas desde março

20/09/2021

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Expectativa de aperto monetário no Brasil e nos Estados Unidos e de calote no mercado imobiliário chinês nesta semana empurrava o principal índice da bolsa paulista ladeira abaixo nesta segunda-feira, buscando novas mínimas em 2021.

 

Pressionado sobretudo por papéis de alta liquidez, como das gigantes de commodities Petrobras e Vale e de grandes bancos, o Ibovespa tinha desvalorização de 2,4% às 11:29 para 108.730,22 pontos, menor nível intradia desde o início de março. O giro financeiro da sessão era de 8,78 bilhões de reais.

 

Segundo profissionais do mercado, o risco da incorporadora chinesa Evergrande não pagar juros de dívida que vencem nesta semana e na próxima deve agravar a desaceleração da economia.

 

Isso piorava as previsões para a economia mundial, cuja recuperação dos efeitos da pandemia já sofria revezes na Europa e nos Estados Unidos com a disseminação da variante Delta, derrubando commodities como minério de ferro e petróleo.

 

“Além disso, as atenções estão voltadas para a reunião do Fomc na quarta-feira, que poderá trazer detalhes sobre a redução do programa de ativos”, afirmou em nota a clientes a equipe de pesquisa econômica do Bradesco em alusão a encontro do comitê de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira.

 

Simultaneamente, o Banco Central brasileiro anuncia também na quarta-feira a nova taxa de juro, com o consenso do mercado de que a Selic seja elevada em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano, o que pode reduzir ainda mais a previsão de alta do PIB brasileiro em 2022, enquanto ainda enfrenta inflação alta.

 

“Esse ambiente pode pesar em setores que dependem tanto de linhas de crédito acessíveis como de mais estímulos econômicos”, afirmou Pietra Guerra, especialista em ações da Clear Corretora.

 

Fonte: Reuters

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