O Ibovespa e o dólar terminaram a última semana com sinais distintos: Bolsa (IBOV) em queda de 1% e o contrato mais negociado de dólar da B3, o WDOFUT, com alta de 0,85%.
Parte dessa explicação vem lá de fora: sexta-feira o dado de emprego americano, o payroll, veio mais forte do que o esperado. Resultado: juro americano deve ficar alto por mais tempo.
Dessa forma, a atratividade da renda fixa americana deve seguir por mais tempo, ao longo de 2024, tirando dinheiro da bolsa brasileira e valorizando o dólar frente ao real.
Diante deste cenário, confira o que esperar para o Ibovespa e o dólar futuro, segundo a analista técnica da Clear, Pam Semezatto.
Análise técnica: Ibovespa
Segundo Pam, o Ibovespa passou a última semana sem mostrar força: seja compradora ou vendedora.
“Segue em consolidação no curtíssimo prazo. Desde janeiro, o IBOV vem trabalhando no mesmo range de preço e em tendencia de alta no médio e longo prazo.”
Conforme ela, semana passada, a Bolsa brasileira teve mais volatilidade, com sinais de força compradora, mas que foi devolvida, em seguida, com força vendedora.
Assim, Pam entende que o Ibovespa segue movimento de fechamento acima da região de suporte forte, nos 126.000/ 126.500 pontos.
“Como ainda há um movimento de correção da última alta, mesmo com a violação dessa região de suporte, ainda precisamos nos atentar ao suporte relevante, que é topo anterior, que foi rompido nos 120.000 pontos”, diz.
Enquanto isso, os pontos de resistência estão nos 130.000 e 131.000 pontos.
Dólar Futuro
Em relação ao minidólar, Pam destaca que conseguiu dar continuidade no movimento de alta e testou a resistência, de 5.100 pontos.
“Enquanto continuar acima do, agora, suporte de 5.000 pontos, confirma o rompimento e indica tendência de alta para o curtíssimo prazo.”
Conforme ela, no gráfico diário, o minidólar já deixou o fundo na região da média curta (MME 9) e indica continuidade para teste na resistência de 5.200.
Para o médio prazo, porém, ainda precisa romper o último topo, em 5.200, para confirmar “um pivot de alta”, acrescenta ela.
Fonte: InfoMoney