A valorização de 1,24% do minério de ferro em Dalian, na China, e o noticiário macroeconômico estimulam a alta do Ibovespa nesta terça-feira ( 27). Sendo assim, o principal indicador retomou mais cedo a importante marca psicológica dos 130 mil pontos, e superou o nível dos 131 mil pontos. Às 12h30 (horário de Brasília), o índice subia 1,29%, a 131.287,39 pontos.
Outra fonte de alta do Ibovespa é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de fevereiro de 0,78%, inferior à mediana, de 0,82%, o que já atinge marginalmente para baixo os juros futuros. Em 12 meses, atingiu 4,49%, abaixo da mediana de 4,53%, ante taxa de 4,47% até janeiro. No entanto, segue acima da meta de 3,00% estipulada para 2024.
“O IPCA-15 dá um certo respiro no meio de uma leva de indicadores que não têm sido muito positivos com resultados desfavoráveis. As expectativas para o índice eram elevadas e havia uma justificativa, principalmente por conta da pressão sazonal em Educação, e do carnaval. Ou seja, dois vetores inflacionários, além de um resquício dos efeitos do El Niño”, avalia a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta.
No entanto, apesar do resultado menor do que esperado, Argenta diz que isso não muda a ideia em relação a continuidade de cortes de meio ponto porcentual na Selic à frente. “Não muda o plano de voo do BC, só ratifica os cortes, mas sem colocar limites para o fim do ciclo do juro básico.”
Na China, há renovadas esperanças de que novas medidas de estímulos sejam anunciadas durante as sessões plenárias anuais do governo chinês, no início de março.
Apesar da elevação do Índice Bovespa, ele ainda precisa retomar com consistência a faixa dos 130 mil pontos no fechamento, depois reconquistar o nível dos 132 mil pontos e em seguida ir novamente para a marca recorde, perto dos 135 mil pontos, cita Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil, em relatório. “Mas será difícil.”
Nos Estados Unidos, foi divulgado o índice de confiança do consumidor dos EUA, medido pelo Conference Board, o que tem contribuído para o ânimo do mercado. A confiança do consumidor dos Estados Unidos recuou em fevereiro depois de três aumentos mensais consecutivos, com as famílias preocupadas com o mercado de trabalho e o ambiente político doméstico.
O Conference Board disse que seu índice de confiança do consumidor caiu para 106,7 neste mês, em comparação com os 110,9 de janeiro em dado revisado. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice teria sofrido pouca alteração, ficando em 115,0, em comparação com os 114,8 relatados anteriormente. As expectativas de inflação dos consumidores caíram para 5,2%, o nível mais baixo desde março de 2020, de 5,3% em janeiro.
Enquanto isso, o índice Dow Jones liderava as quedas em Wall Street, com investidores aguardando um relatório crucial sobre a inflação e outros dados econômicos que devem moldar as expectativas de cortes nas taxas de juros do Federal Reserve. O foco do mercado está novamente na trajetória da política monetária do Fed, depois que um frenesi em torno da inteligência artificial (IA) na semana anterior eclipsou preocupações com o atraso nos cortes das taxas e levou o S&P 500 e o Dow Jones a novos picos.
O destaque desta semana será a divulgação do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) de janeiro — o indicador de inflação preferido do Fed — na quinta-feira.
Fonte: InfoMoney