O Ibovespa Futuro opera com alta nesta terça-feira (10), acompanhando a melhora do apetite por risco do mercado internacional, depois que indicações mais brandas de autoridades do Federal Reserve (Fed) reduziram temores de juros mais altos por mais tempo, embora a continuação do conflito entre Israel e o Hamas imponha alguma cautela.
Autoridades do Federal Reserve indicaram na segunda-feira que o aumento dos rendimentos dos Treasuries de longo prazo, que influenciam diretamente os custos de financiamento para famílias e empresas, poderia desviar o BC norte-americano de novos aumentos em sua taxa básica de curto prazo.
Apesar do alívio nessa frente, o mercado continuava de olho no Oriente Médio. Israel disse ter restabelecido o controle sobre a fronteira de Gaza e afirmou que vai colocar minas onde militantes do Hamas derrubaram a barreira durante o seu ataque do fim de semana, depois de mais uma noite de incansáveis ??ataques aéreos israelenses ao enclave.
Investidores também devem acompanhar palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em reunião organizada pelo Emerging Markets Forum no Marrocos. Campos Neto fala às 13h (de Brasília).
Às 9h09 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro operava com valorização de 0,26%, aos 115.980 pontos.
Ainda na seara nacional, o Fundo Monetário Internacional (FMI) fez nova elevação para o desempenho do Brasil neste ano e vê a economia crescendo 3,1% ante 2,1% anteriormente. Se o organismo estiver certo, o primeiro ano da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva será melhor do que o último do governo de Jair Bolsonaro. Em 2022, o País cresceu 2,9%
Em Wall Street, os índices futuros de Nova York operam mistos, à medida que o foco se volta para o Fed após falas recentes de membros da autoridade monetária, que pareceram desencadear uma retração nas expectativas das taxas de juros americana.
Os investidores acompanharão mais falas de autoridades do Fed, que estarão presentes com força total nos eventos de hoje, enquanto a ata da reunião de política monetária de setembro será publicada amanhã (11).
Nesta manhã, o Dow Jones Futuro avançava 0,07%, S&P Futuro caía de 0,01% e Nasdaq Futuro registrava perda de 0,07%.
Dólar hoje
O dólar comercial operava com alta de 0,09%, cotado a R$ 5,134 na compra e R$ 5,135 na venda.
Já o dólar futuro (DOLFUT) para outubro caía 0,16%, indo aos 5,142 pontos.
O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, avançava 0,02%, a 106,10.
No mercado de juros, os contratos com operavam com baixa por toda a curva de juros. O DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 12,21%; DIF25, -0,01 pp, a 10,83%; DIF26, -0,01 pp, a 10,66%; DIF27, -0,1 pp, a 10,89%; DIF28, -0,02 pp, a 11,16%; DIF29 -0,02 pp, a 11,35%.
Exterior
Os mercados europeus também operam com alta, em meio à crise geopolítica e ao derramamento de sangue em Israel e Gaza.
Todos os setores estão no verde, e alguns dos maiores ganhadores são aqueles que sofreram na segunda-feira, incluindo viagens e lazer.
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam sem direção única, uma vez que os investidores avaliaram o impacto no mercado do ataque a Israel pelo grupo militante palestiniano Hamas.
Na China, surgiram mais más notícias, uma vez que o maior promotor imobiliário privado do país, Country Garden , afirmou que poderá não ser capaz de cumprir todas as suas obrigações de pagamento offshore no vencimento ou dentro dos períodos de carência relevantes.
O Nikkei 225, do Japão, subiu mais de 2%, liderado por ganhos em ações de energia e distribuição.
O maior ganhador no índice é a empresa de exploração de petróleo Inpex Corporation, enquanto outros grandes ganhadores também incluem a trading Mitsui and Co, bem como a empresa de engenharia Mitsubishi Heavy Industries.
Commodities
Os preços do petróleo operam com leve baixa, depois de terem subido mais de 4% na véspera, enquanto os mercados avaliam o potencial de interrupções no fornecimento à medida que o conflito entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas continua.
Os futuros do minério de ferro caíram para mínimas de seis semanas nesta terça-feira, arrastados por preocupações com cortes iminentes na produção de aço na China e pela incerteza sobre o difícil setor imobiliário do país.
Outros ingredientes siderúrgicos também sofreram forte pressão devido às preocupações com a demanda chinesa, com o carvão metalúrgico e o coque caindo mais de 5%.
Fonte: InfoMoney