O Ibovespa Futuro (INDFUT) opera com alta na abertura dos negócios nesta sexta-feira (15) e caminha para sua quinta sessão consecutiva de alta, impulsionado por dados positivos da China e do Brasil.
O volume de vendas do comércio varejista no Brasil cresceu 0,7% em julho em relação a junho, após ter crescido 0,1% um mês antes (número revisado). Na comparação com julho de 2022, foi registrada alta de 2,4% e, nos últimos 12 meses, o avanço do varejo é de 1,6%. O dado de julho ficou acima da estimativa do mercado, que era de uma alta mensal de 0,3%. A projeção anual era de 1,8%.
Na China, os dados econômicos ensaiam recuperação. As vendas no varejo chinês cresceram 4,6% em comparação com o ano anterior, acima 3% do previsto por uma pesquisa da Reuters. Da mesma forma, a produção industrial cresceu 4,5% em agosto em relação ao ano anterior, também melhor do que a previsão de 3,9%.
No campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca, nesta sexta-feira (15), às 12h, em viagem para a capital cubana. Em Havana, ele irá participar da cúpula do G77+China.
Ibovespa Futuro (INDFUT)
Às 9h15 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro operava com alta de 0,34%, a 120.800 pontos.
Nos Estados Unidos, os índices futuros de Nova York operam sem direção definida, mas caminham para encerrar a semana no terreno positivo.
As ações da Ford e da General Motors e os papéis de fabricantes de equipamentos de chip estão caindo nas negociações de pré-abertura, enquanto investidores permanecem otimistas sobre uma provável pausa nos aumentos das taxas de juros dos Estados Unidos.
Nesta manhã, o Dow Jones Futuro subia 0,19%, o S&P Futuro tinha alta de 0,04% e Nasdaq Futuro recuava de 0,17%.
Dólar
O dólar comercial opera com baixa de 0,14%, cotado a R$ 4,865 na compra e R$ 4,866 na venda.
Já o dólar futuro (DOLFUT) para outubro caía 0,14%, equivalente aos 4.872 pontos.
O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,12%, a 105,280.
Os mercados estão se ajustando a uma nova perspectiva para os aumentos de juros dos bancos centrais, depois que o Banco Central Europeu, aumentou as taxas na quinta-feira para um recorde de 4%, mas sinalizou que o aumento provavelmente foi o último.
No mercado de juros, o DIF24 (janeiro para 2024) opera com baixa de 0,01 pp, a 12,28%; DIF25, +0,01 pp, a 10,40%; DIF26, +0,01 pp, a 10,03%; DIF27, +0,02 pp, a 10,26%; DIF28, +0,02 pp, a 10,60%; DIF29 +0,04 pp, a 10,83%.
Exterior
Os mercados europeus operam com alta, à medida que investidores digerem a sugestão de membros do Banco Central Europeu (BCE) de que a taxa de juros não devem subir mais neste momento, e que as taxas poderão manter-se estáveis ??durante algum tempo.
O BCE aumentou as taxas de juro em 25 pontos base , uma décima subida consecutiva, levando a sua taxa principal para um máximo histórico de 4%.
Ásia-Pacífico
Os mercados asiáticos fecharam em alta em grande parte, impulsionados por dados econômicos da China acima do esperado.
As vendas no varejo e a produção industrial da China em agosto superaram as expectativas, mas o impacto do investimento em ativos fixos ficou ligeiramente abaixo do esperado. Os preços das casas caíram 0,1% em agosto em relação ao ano anterior.
O índice Hang Seng, de Hong Kong, recuperou-se e subiu 1%, mas índice de Shanghai caiu 0,28%, arrastado para baixo pelas ações de utilidade pública.
O Nikkei 225, do Japão, subiu 1,1% para fechar em 33.533,09 pontos, seu nível mais alto em mais de dois meses.
Na Austrália, o S&P/ASX 200, subiu 1,29% para terminar em 7.279 pontos, marcando seu maior ganho desde 13 de julho.
Já o Kospi, da Coreia do Sul, avançou 1,1%, para fechar em 2.601,28 pontos, o maior nível desde 10 de agosto.
Petróleo atinge máxima de 10 meses
Os preços do petróleo subiram para o seu nível mais alto em 10 meses nesta sexta-feira e caminham para o terceiro ganho semanal consecutivo, com o anúncio de estímulos econômicos na China, e devido às expectativas de que os principais ciclos globais de subida das taxas de juro estavam a aproximar-se do fim.
Além disso, o aperto na oferta liderado pelos cortes de produção na Arábia Saudita reforça as expectativas de alta da commodity.
A Arábia Saudita, impulsionada pela Rússia, parceira da OPEP+, prolongou este mês 1,3 milhões de barris por dia (bpd) de cortes combinados até ao final do ano, acelerando a redução dos estoques globais.
Minério de ferro tem melhor semana desde junho
Os contratos futuros de minério de ferro subiram nesta sexta-feira, com o índice de referência de Cingapura a caminho de seu maior ganho semanal desde junho, impulsionados pela iniciativa da China de reforçar os esforços de estímulos econômicos mesmo com a produção de aço do país encolhendo em agosto.
O minério de ferro de referência para outubro na Bolsa de Cingapura chegou a ganhar até 2,4%, a US$ 123,50 por tonelada, o maior valor desde meados de março. Na semana, o aumento superou 8%, o maior desde a semana encerrada em 9 de junho.
O contrato de janeiro do ingrediente siderúrgico mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou as negociações do dia com alta de 2,3%, a 879 iuanes (US$ 120,91) por tonelada.
Fonte: InfoMoney