O Ibovespa Futuro opera em baixa nesta quarta-feira (29), à medida que investidores digerem a taxa de desemprego do mês de janeiro, enquanto aguardam por dados de inflação nos Estados Unidos.
A taxa média de desemprego no Brasil foi de 7,6% no trimestre encerrado em janeiro, estável em relação ao trimestre encerrado em outubro, mas acima do 7,4% observados em dezembro, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). O dado veio abaixo do esperado pelo consenso LSEG de analistas, que previa taxa de 7,8% no primeiro indicador do ano.
Enquanto isso segue em São Paulo a reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20. Na véspera, eles iniciaram uma discussão sobre os desafios para a economia global tentando deixar de lado as profundas divisões geopolíticas, enquanto as potências ocidentais discutiram sobre como lidar com os ativos russos congelados.
Às 9h14 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril operava com desvalorização de 0,18%, aos 131.600 pontos.
Em Wall Street, índices futuros dos EUA operam em baixa, com investidores à espera da divulgação do deflator do consumo de janeiro (PCE, em inglês) – indicador de inflação favorito do Federal Reserve (Fed). O indicador ganhou ainda mais relevância depois que tanto o CPI quanto o PPI, que medem preços ao consumidor e ao produtor, vieram acima da expectativas e o BC americano passou a sinalizar que não tem pressa de começar a reduzir juros.
Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,26%, S&P Futuro recuava 0,20% e Nasdaq Futuro registrava baixa de 0,15%.
Dólar e mercado externo
O dólar comercial opera com alta de 0,19%, cotado a R$ 4,978 na compra e R$ 4,979 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) subia 0,26%, indo aos 4,978 pontos.
No mercado de juros, os contratos futuros operam com alta. O DIF25 opera com alta de 0,01 pp, a 10,01%; DIF26, +0,04 pp, a 9,87%; a DIF27, +0,05 pp, a 10,08%; DIF28, +0,06 pp, a 10,34%; DIF29 +0,04 pp, a 10,50%.
Os preços do petróleo operam em baixa, após um aumento maior do que o esperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA ter alimentado preocupações sobre a demanda lenta, enquanto os sinais de que as taxas de juros dos EUA poderiam permanecer elevadas por mais tempo também aumentaram a pressão.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em leve baixa, com os investidores reavaliando as perspectivas de demanda no curto prazo na China, principal consumidor, em meio a expectativas de que as siderúrgicas aumentem a produção, apesar das preocupações persistentes com o setor imobiliário.
Os mercados asiáticos fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com algumas demonstrando cautela antes de novos dados de inflação dos EUA e as chinesas avançando após mais iniciativas de Pequim para sustentar os mercados locais. O índice japonês Nikkei ficou levemente no vermelho em Tóquio pelo segundo dia consecutivo, com baixa de 0,11%, a 39.166,19 pontos, depois de atingir picos históricos nos três pregões anteriores, enquanto o Hang Seng caiu 0,15% em Hong Kong, a 16.511,44 pontos, e o sul-coreano Kospi recuou 0,37% em Seul, 2.642,36 pontos.
Os mercados europeus operam no campo positivo, com investidores de olho em relatórios de inflação nos EUA e na Europa. Os dados da inflação alemã, espanhola e francesa relativos a fevereiro deverão ser divulgados hoje.
Fonte: InfoMoney