O Ibovespa Futuro opera em baixa nos primeiros negócios desta segunda-feira (6), com investidores montando posições à espera do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, cuja decisão será divulgada na quarta-feira, com a possibilidade de redução no ritmo de afrouxamento monetário para um corte de 0,25 ponto percentual.
Economistas consultados pelo Banco Central passaram a ver juros mais altos ao final de 2024, com as projeções agora embutindo corte de apenas 0,25 ponto percentual na Selic no Copom desta semana, mostrou o relatório Focus. Os especialistas elevaram para 10,50% sua estimativa para o patamar dos juros ao final de maio, interrompendo sequência de 38 semanas em 10,25%.
Por outro lado, a desaceleração do mercado de trabalho americano na última sexta-feira reforçou as apostas de que o Federal Reserve (Fed) cortará os juros este ano, o que tem animado as bolsas no exterior.
De volta a cena nacional, são esperados os números do primeiro trimestre de Itaú, CCR, Rede D’Or e Vamos. Ainda em destaque, o setor público consolidado do Brasil registrou um superávit primário de R$ 1,177 bilhão em março, ante déficit de R$ 14,2 bilhões no mesmo mês de 2023.
Às 9h15, o índice futuro com vencimento em maio caia 0,17%, aos 129.945 pontos.
Em Wall Street, índices futuros operam em alta, depois que os principais índices terminaram a semana anterior no azul, devido a um relatório de emprego mais fraco do que o esperado, que reavivou as esperanças de que o Federal Reserve (Fed) reduzisse as taxas de juros em breve. O presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, e o presidente do Fed de Nova York, John Williams, estão previstos para discursar hoje.
Nesta manhã, Dow Jones Futuro subia 0,31%, S&P500 avançava 0,32% e Nasdaq Futuro tinha alta de 0,22%.
Ibovespa, dólar e mercado externo
O dólar à vista opera com alta de 0,08%, cotado a R$ 5,073 na compra e R$ 5,074 na venda. Já dólar futuro (DOLFUT), subia 0,04%, indo aos 5.089 pontos.
No mercado de juros, os contratos futuros operam com alta. O DIF26 caia 0,02 pp, a 10,38%; DIF27, +0,02 pp, a 10,68%; DIF29 +0,02 pp, a 11,18%; DIF31, +0,03 pp, a 11,41%.
Os preços do petróleo operam com alta, depois que a Arábia Saudita aumentou os preços do petróleo em junho para a maioria das regiões e como a perspectiva de um acordo de cessar-fogo em Gaza parecia pequena, renovando os temores de que o conflito Israel-Hamas ainda possa se agravar na importante região produtora de petróleo.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em forte alta, após o otimismo dos investidores ser reforçado pelos mais recentes esforços de Pequim para reanimar seu mercado imobiliário em dificuldades e por uma esperada onda de reabastecimento das siderúrgicas após retornarem do feriado do Dia do Trabalho.
Os mercados da Ásia e do Pacífico fecharam em alta nesta segunda-feira, após Wall Street encerrar a última semana com um rali em meio a esperanças maiores de cortes de juros nos EUA este ano. Na China continental, os mercados voltaram em tom positivo após um feriado de três dias, animados também pela reunião do Politburo na semana passada. No Japão e na Coreia do Sul, não houve negócios com ações hoje em função de feriados.
Os mercados europeus operam com ganhos, com os investidores continuando a avaliar a possibilidade de cortes nas taxas após dados de emprego nos EUA mais fracos do que o esperado e novos dados econômicos da região.
Na Europa, nesta segunda-feira, foi divulgado um índice final composto de gestores de compras do S&P para a zona euro, mostrando que a atividade empresarial no bloco expandiu ao ritmo mais rápido em quase um ano. O índice saltou para 51,7 em abril, de 50,3 em março.
Fonte: InfoMoney