O futuro do etanol em dois países asiáticos pode ter caminhos bastante distintos. Ao mesmo tempo em que a Índia prevê incentivos para a utilização do excedente de açúcar para a produção do biocombustível, a Tailândia prorroga a mistura de 20% por mais três anos. O tema foi abordado na 21ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, realizada em outubro.
Para entender esta diferença é necessário compreender o histórico de cada país. Como explica o diretor executivo da Associação das Usinas de Açúcar da Índia (Isma, na sigla em inglês), Abinash Verma, antes de 2009 a Índia apresentava uma baixa produção, inferior ao consumo doméstico. Porém, o país começou a produzir mais do que consume, gerando confusão e surpresas para o mercado internacional, já que muitas vezes exportava e, em outras, importava.
A partir de 2009, a Índia passou a ter resultados mais previsíveis e maior participação no mercado global. Desde 2011, o país é produtor com superávit – as exceções foram 2016 e 2017 devido a uma grande seca no Sul que prejudicou parte das plantações de cana. Assim, a Índia se tornou um produtor consistente e que, segundo Verma, deseja permanecer no mercado internacional como exportador.
Fonte: Nova Cana