O índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha recuou 0,1% em maio em relação a abril e atingiu uma taxa anualizada de 6,1% no mês passado, informou nesta terça-feira (13) o Destatis, o departamento federal de estatísticas. O indicador manteve assim a tendência de queda, após ter ficado em 7,4% em março e 7,2% em abril.
O resultado veio em linha com a projeção captada pelo consenso Refinitiv, que previa inflação mensal de -0,1% e anual de 6,1%.
“A taxa de inflação continuou a desacelerar, mas ainda assim permanece em um nível alto”, disse em nota Ruth Brand, presidente do escritório federal de estatísticas. Ela acrescentou que aumento ano a ano nos preços da energia foi muito menor em maio, e que os preços dos alimentos continuaram a ser o maior impulsionador da inflação alemã.
De fato, os preços de energia ficaram 2,6% mais altos em maio de 2023 do que no ano anterior, uma forte desaceleração ante os 6,8% verificados em abril. Parte dessa variação menos intensa é atribuída às medidas do terceiro pacote de alívio do governo federal, como os freios nos preços da eletricidade, gás natural e aquecimento urbano.
A queda nos preços do petróleo e uma base mais forte relacionada aos preços pós-invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022 também ajudaram.
Já os preços dos alimentos subiram 14,9% em maio na comparação com o mesmo mês do ano anterior, menor que os 17,2% de abril, mas ainda representando o maior fator de inflação entre todos os grupos de produtos.
O núcleo da inflação alemã, que excluindo as variações de preços da energia e de alimentos ficou em 5,4% em maio em termos anuais, permanecendo assim acima da faixa de 5% desde dezembro de 2022. Mas mostrou desaceleração ante os 5,8% observados tanto em março como em abril passados.
Fonte: InfoMoney